O Nacional publicou esta quinta-feira uma notícia no seu site revelando que o Governo Regional da Madeira lucrou um milhão de euros com o plantel principal dos alvinegros entre 1 de janeiro de 2014 e 30 de junho de 2016.

O clube reitera que estas contas «deviam merecer mais atenção, não apenas da opinião pública, mas também de outros setores», já que o Nacional pagou em impostos nesse período cerca de 5,16 milhões de euros, distribuídos por IRC (106 mil), IRS (3,32 ME), IVA (662 mil euros) e Segurança Social (1 ME).

Os responsáveis alegam que durante esse período «o contrato programa de desenvolvimento desportivo assinado com o Governo Regional permitiu ao Nacional receber cerca de 4,1 milhões de euros», e que por isso «facilmente se constata que o lucro do Governo Regional com o Nacional, Futebol SAD foi de cerca de 1 milhão de euros.»

Outro factor enunciado é a questão social e de formação que o clube faz com muitos jovens da Madeira: «O contrato programa abrange a equipa profissional, mas também todo o futebol de formação", o que significa que "cerca de 700 jovens atletas têm também a possibilidade de praticar futebol, integrando um projeto de qualidade e através do qual cumprem um importante passo não só da sua formação desportiva, mas, acima de tudo, da sua formação pessoal e social.»

A publicação insurge-se ainda com o dinheiro que um clube profissional de futebol geral à ilha e também como a promoção exterior que o Nacional faz da Madeira: «É indiscutível a promoção da Região no exterior, algo que a ser devidamente contabilizado iria certamente fazer subir e muito os valores do lucro do Governo Regional nesta sua parceria com os clubes profissionais de futebol regionais.» Há ainda a registar «o lucro indireto para a Região, resultante de viagens, estadias, transportes e alimentação das equipas que nos visitam e respetivos adeptos».

«De todas as atividades subsidiadas, apoiadas e promovidas pelo Governo Regional, haverá mais alguma a gerar tanto lucro?», questiona o Nacional.

Para os dirigentes alvinegros, estes números ajudam a desmistificar a ideia de que «o futebol profissional vive à custa do dinheiro dos contribuintes.»