Emoção até ao fim no Portimão Estádio, com o Benfica apenas a conseguir respirar de alívio nos instantes finais do jogo, quando Zivkovic descansou os seu adeptos ao marcar o terceiro golo quando o cronómetro assinalava cinco minutos depois dos noventa regulamentares. Um sofrimento que poderia ser evitável se houvesse um eficaz aproveitamento das várias oportunidades de golo que a equipa encarnada construiu. O Portimonense foi aproveitando para ir entrando na discussão do resultado mercê da atitude que a equipa de Vítor Oliveira teve, sobretudo, após o descanso, em que os algarvios cresceram no jogo e obrigaram os campeões nacionais a trabalharem muito para saírem lideres da liga neste jogo, embora à condição.

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O Benfica entrou bem, pressionante, com iniciativa e marcou cedo: Rafa entrou na área com um toque em rotação, Rúben Fernandes cortou a bola, que sobrou para Cervi na esquerda, que, com um remate cruzado e em força, bateu Ricardo Ferreira.

Talvez fosse essa a intenção de Rui Vitória - marcar cedo - para tentar obrigar o Portimonense a quebrar a atitude expectante de espera à entrada do seu meio-campo e em transições rápidas alvejar a baliza de Varela. Esta é uma virtude desta equipa e os encarnados precaveram-se para anular as saídas de Tabata, Nakajima e Fabrício, e isso foi bem visível também na forma como eram encarados os lances de bola parada do ataque encarnado, com Rúben Dias a ter autorização para subir à área contrária, apenas quando Fabrício também descia para defender. E nessas situações, Rafa descia para vigiar Nakajima, com Vitória a tentar a anular a velocidade dos algarvios com os seus homens mais velozes. O internacional português foi a única alteração efetuada por Rui Vitória no onze, jogando no lugar do lesionado Salvio e não era titular em jogos da Liga desde o empate do Benfica com o Rio Ave (1-1), em jogo da 4º jornada disputado em Vila do Conde.

Amarrado, o Portimonense só perto do intervalo é que conseguiu espaço para efetuar uma transição rápida, com Ewerton a rematar para as mãos de Varela, numa situação de quatro para três. Até aí só deu Benfica, e foram várias as situações passíveis de finalização: Jonas aos 22 e aos 25 não conseguiu emendar e Zivkovic, também neste minuto, rematou para Hackman evitar o segundo do Benfica com corte providencial.

O Portimonense acabou a primeira-parte em crescendo e depois do intervalo Vítor Oliveira reforçou esse estado com a entrada de Fede Varela, médio ofensivo emprestado pelo FC Porto, retirando o Pedro Sá, o elemento mais defensivo do meio-campo. O Portimonense apertou o Benfica, foi conquistando cantos e Ruben Fernandes esteve quase a festejar num cabeceamento aos 47 minutos que levou a bola a passar perto do poste direto da baliza de Varela.

Lesão de Jonas e golo de Felipe

O Benfica passou então por situação que antes não tinha acontecido e também teve que preocupar-se em defender a magra vantagem. Mas essa conquista de metros do Portimonense também deixou-o exposto às transições dos encarnados, e André Almeida e Pizzi tiveram boas oportunidades para resolver a questão, momentos antes do Portimonense empatar e quando o Benfica já não tinha Jonas em campo, devido a lesão. Felipe Macedo empatou aos 66 de cabeça na sequência de canto apontado por Tabata, mostrando uma vez mais as fragilidades da equipa de Rui Vitória a anular lances de bola parada.

Com o jogo empatado, o Benfica despertou e tentou esticá-lo para o meio-campo adversário, construiu boas oportunidades de finalização, mas o Portimonense também as teve. E quando Rui Vitória se preparava para meter a carne toda no assador, com a entrada de Seferovic, apareceu o génio de Cervi que, num livre direto perfeito, meteu a bola no fundo da baliza de Ricardo Ferreira.

Um golo, a doze minutos do final, que fez Rui Vitória trocar a entrada de Seferovic pela de Samaris, porque a ordem agora era defender a preciosa vantagem. Os intentos foram conseguidos mas Galeno ainda assustou num remate cruzado aos 88 minutos. Até que nos descontos, e quando o Benfica suspirava pelo último apito de Carlos Xistra, Zivkovic descansou de vez os encarnados, acabando com as dúvidas que ainda existiam. Umm  triunfo que coloca os campeões nacionais isolados na liderança da liga de forma condicional, à espera dos jogos do FC Porto e do Sporting.

Confira o resumo do jogo: