Declarações do treinador do Paços de Ferreira, César Peixoto, na sala de imprensa do Estádio Capital do Móvel, após o empate (1-1) ante o Desportivo de Chaves, em jogo da 15.ª jornada da I Liga:

«Acho que foi um jogo equilibrado, momentos em que nós estivemos por cima, momentos em que o Chaves esteve por cima. Acho que entrámos bem no jogo, a equipa sempre preparada para reagir à perda da bola, preparada nas coberturas para não levar transição. Depois começámos a ficar um pouco condicionados com os amarelos e deixámos de ter a mesma agressividade e começámos a permitir uma ou outra transição ao Chaves, chegaram na frente com algum perigo.»

«Corrigimos algumas coisas ao intervalo, reentrámos bem no jogo. Acho que depois o jogo ficou, diria, amorfo, as equipas a jogar muito a meio-campo. Sofremos um golo sem contar. O Chaves acaba por ter alguma sorte: a bola bate e entra, mas a reação da equipa foi fantástica. Depois de estar a perder, o mais fácil seria, se calhar, na situação em que estamos, desmoronar. Toda a gente entrou com vontade e é este espírito que queremos cultivar até final. Acabámos por fazer um golo. O empate acaba por ajustar-se. Queríamos a vitória.»

[Se viu o que queria neste primeiro jogo:] «A equipa deu uma boa resposta, teve alma, caráter, toda a gente que entrou, entrou para ajudar, a equipa precisava de energia naquela fase e acabámos por conseguir. Há coisas que, na zona de definição, temos de ter mais tranquilidade, nas alas ter mais um para um em alguns momentos. É importante não chegar lá e cruzar, mas de vez em quando assumir, chutar. Ao intervalo foi pedido, depois já conseguimos mais. Estou contente com o que vi, com a alma, com algumas dinâmicas que já apareceram. Não está tudo como eu quero, o resultado não era o que queríamos, a equipa também não somava pontos há seis jogos. A cada jogo que passa fica mais difícil, mas temos de ver as coisas positivas, boa resposta perante uma boa equipa.»

[Aposta nos reforços no onze inicial, Marafona, Maracás e Guedes:] «Pelo que dão desportivamente, mas também pela personalidade, o ter o espírito livre, não têm este peso de tantas derrotas. O Marafona acaba por ter uma intervenção que dá pontos, o Guedes trabalhou muito, sabíamos que era importante ter este tipo de jogadores com créditos firmados, estiveram bem e é nesse intuito que temos ido ao mercado para poder arrastar os outros com essa postura. Fomos competitivos, não vencemos, mas acho que o caminho é este.»

«É natural que nesta fase a precipitação aconteça ainda e com o tempo e com o trabalho vamos dar a volta.»