Artigo original: 23h40

Miguel Layún foi a solução encontrada pelo FC Porto para estar na retaguarda de Maxi Pereira à direita e assumir a titularidade à esquerda. Foi isso que aconteceu de imediato, após a sua chegada por empréstimo do Watford.

O internacional mexicano está a deixar boas indicações nos primeiros jogos de dragão ao peito. Porém, não descarta a possibilidade de um regresso ao clube inglês no final da temporada.

«O meu pensamento era ficar no Watford, depois da subida de divisão.Queria jogar na Premier League, mas a nossa vida muda num minuto e aceitei esta nova aventura. Quique Flores falou comigo e foi complicado, ele é um grande treinador e uma grande pessoa. Estou a gostar de estar no FC Porto, mas não sei se é uma mudança definitiva. Vamos ver. Se tiver de voltar também será bom», reconheceu Layún.

A possibilidade de jogar na Liga dos Campeões foi um incentivo determinante para o mexicano: «Claro que a Liga dos Campeões é mais um incentivo e não temos muitas hipóteses na nossa vida para participar nesta prova. Quando recebi o convite aceitei porque tinha o sonho de jogar a Champions e agora estou a viver esse sonho.»

Na ressaca da vitória frente ao Chelsea (2-1), Miguel Layún falou sobre a importância dos três pontos e as instruções de Julen Lopetegui para a sua entrada em campo. Como médio direito.

«A equipa fez um jogo extraordinário, desde o apito inicial até ao fim. Fomos muito inteligentes e intensos, pressionámos o jogo todo, não os deixámos jogar confortavelmente e isso foi fundamental. Provavelmente poucas pessoas me viram jogar como médio, mas é uma posição que estou habituado, inclusive no Watford estava a jogar aí nos últimos jogos, procurando sempre levar à letra o que é pedido. Neste caso sabia que era importante entrar para desgastar fisicamente o adversário», frisou.

O lateral surgiu numa posição adiantada no terreno para equilibrar o flanco: «O que o treinador me pediu foi que, quando não tivéssemos a bola, pudesse dar equilíbrio à equipa por aquele lado, dando ajuda à defesa e para que quando tivesse espaço procurasse atacar e aproveitar a velocidade para criar perigo. Para mim isso é muito interessante porque gosto de procurar a baliza.»

O FC Porto assumiu a liderança do grupo e pensa agora na Liga portuguesa. «Foi vital o jogo que fizemos e os três pontos que conseguimos, que nos permitem estar numa posição em que dependemos apenas do que fizermos. Uma vitória contra um adversário como o Chelsea refresca a confiança, sublinha as qualidades que a equipa tem e espero que isto sirva de motivação para vencermos no domingo o Belenenses, que nos permitirão caminhar na frente na liga», salientou.

Por fim, Miguel Layún recordou a amizade que tem com Raúl Jiménez, avançado do Benfica (foram companheiros de equipa no América) e falou sobre a entrada de mais jogadores mexicanos em clubes portugueses.

«Espero que com boa atuações da nossa parte se abram as portas para mais mexicanos. Isso é importante para continuarmos a crescer. A Liga em Portugal assenta-nos muito bem porque o estilo de jogo é parecido com o que temos no México», concluiu o lateral do FC Porto.