O Boavista anunciou que diminuiu o seu passivo «em cerca de 300 mil euros» e a sua dívida «ao Estado e a outros entes públicos» em aproximadamente 400 mil, referindo ainda uma «situação líquida positiva entre 25 a 35 milhões».

Os números estão na "Introdução ao relatório e contas" do clube, assinado pelo presidente da direção, João Loureiro, e divulgado esta quinta-feira no site oficial dos «axadrezados».

O documento, cuja análise fazia parte da assembleia geral do clube que foi marcada esta sexta-feira, abrange o período entre 1 de julho de 2016 e 30 de junho de 2017 e a introdução salienta a já referida diminuição do passivo e da dívida e o «lucro de cerca de 12.500 euros» obtido naquele período.

Os números são o ponto forte deste documento, realçando-se nele que o «Grupo Boavista» tem feito um enorme esforço para «ir cumprindo, por vezes com dificuldade de tesouraria ou de meios, e dentro dos possíveis, os seus compromissos, através de uma gestão equilibrada».

O clube refere que «o valor estimado» do seu património Imobiliário e Mobiliário oscila «entre 70 e 80 milhões de Euros, reclamando, ainda, uma situação líquida positiva de entre 25 a 35 milhões de euros».

«Mas há que ter a noção de que há ainda muito por fazer», acrescenta, lembrando ter-se comprometido com um PER (Processo Especial de Revitalização) para reequilibrar as suas contas e, assim, saldar dívidas.

No relatório, João Loureiro sublinha que é «necessário continuar com persistência e perseverança neste rumo, com o máximo rigor nas despesas, e tentando o mais possível maximizar as receitas» para que seja evitada uma recaída.

Depois de salientar que o Boavista é «o mais eclético clube do Norte e talvez de Portugal», com cerca de 1.330 atletas nas modalidades amadoras e de 700 no futebol de formação, o dirigente elenca «metas futuras», assinalando que uma delas é a «enfatização das ações que permitam a atração de investimento no grupo Boavista».

João Loureiro reafirma que, na temporada 2017/18, «o objetivo passa por alcançar novamente a manutenção na I Liga portuguesa de futebol de forma confortável, como na época anterior, o que neste momento está a ser cumprido».

«Há que compreender que a SAD (presidida por Álvaro Braga Júnior), apesar de algumas melhorias, vive ainda com limitações financeiras resultantes da necessidade de cumprimento dos seus principais compromissos, necessários à sua inscrição de novo na I Liga no final da época», salienta ainda.