O Benfica recuperou o primeiro lugar com uma vitória em Coimbra, um dos maiores bastiões encarnados ou não datasse de 1973 o último desaire das águias nas margens do Mondego. Missão cumprida, pois então, em termos de resposta à saída da Europa e na reposição da normalidade na frente da tabela.
A equipa de Jorge Jesus entrou a todo o gás, ávida de marcar cedo para esquecer rapidamente o adeus europeu. O onze da Luz foi praticamente o mesmo de São Petersburgo, exceção feita a Jonas, que recuperou a titularidade em detrimento de Lima.
Ora o brasileiro foi, justamente, um dos mais ativos na abertura do jogo, com uma bola à trave, já depois do primeiro golo, que nasce de um passe brilhante de Enzo Perez, a isolar Gaitán para uma conclusão sem mácula do colega argentino.
Apenas tinham passado oito minutos desde o apito inicial e o Benfica colocava-se à vontade na partida, perante uma Académica incapaz de acertar nas marcações: seria consequência das cinco alterações, todas por opção, no onze da casa?
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Um dos novos, Lee Winston, o tal que um dia defendeu uma grande penalidade de Neymar, estreou-se precisamente em jogos da Liga, e esteve em foco no segundo tento, numa altura em que os estudantes até estavam melhor. Sim porque, com melhor pontaria, o Benfica poderia ter avolumado o resultado facilmente a seguir ao primeiro tento, com destaque para o remate que foi ao ferro.
O guarda-redes brasileiro, dizíamos então, resolveu sair quase até ao limite da grande área num livre de Enzo Perez, mas falha no tempo de salto e acaba por ser superado por Luisão, que cabeceia para a baliza deserta.
Estava fora de jogo o capitão encarnado, mas a abordagem do guardião foi despropositada e recebeu pesado castigo. O segundo golo, a cair sobre o intervalo, foi o melhor que a equipa de Jorge Jesus poderia pedir para encarar a segunda parte com toda a tranquilidade.
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O mais difícil estava feito e, como tal, a segunda parte foi jogada numa toada bem mais conservadora. Lee foi logo colocado à prova, com um disparo de Jonas, defendido com dificuldade para canto.
A Académica continuava sem soluções para contrariar a hegemonia encarnada, mesmo com Salli em campo, um extremo veloz e agitador. O Benfica geria os tempos de jogo, sem forçar muito, mas também sem passar por sobressaltos.
A maior nota de interesse veio mesmo da bancada, onde os desacatos, no setor ocupado pelos adeptos do Benfica, levou à intervenção da polícia e à interrupção do jogo durante cerca de cinco minutos. Cenas tristes que teimam em acontecer nos estádios do país.
Tudo como dantes no reino da águia
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