Danilo Pereira diz que tem que ser o FC Porto a mandar no Dragão e que não pode ficar-se apenas pelas palavras.

«O FC Porto não pode perder nenhum jogo no Dragão. Os adeptos puxam muito e temos de corresponder a isso. Quando o treinador diz que tem de ser a nossa fortaleza, tem de ser mesmo. Não podemos ficar apenas pelas palavras. Temos de ser nós a mandar com a ajuda do público», disse o médio em entrevista ao Porto Canal.

O jogador diz que o adepto portista «é um público muito exigente». «Quando vaiam é normal, porque não estão satisfeitos, mas há momentos em que precisamos de mais alento e apoio», frisou.

Danilo diz que o processo de assimilação da visão do treinador «demora o seu tempo». «No início tínhamos um pouco de dúvida sobre o que era o nosso coletivo, mas hoje já estamos mais focados naquilo que o mister nos transmite. É acreditar mais em nós e saber que temos qualidades», frisou, recordado a eliminatória com a Roma no play-off da Liga dos Campeões.

«Quando nos calhou a Roma no sorteio, havia muita gente que duvidava que fôssemos capazes de chegar à fase de grupos, e, de certa forma, até lhes dou um pouco de razão porque ninguém sabia o que eramos capazes de fazer. Nós sabíamos que eramos capazes de passar a Roma, que tínhamos um bom coletivo, e assim o demonstrámos. No jogo em casa, com um pouco mais de receio, mas no jogo fora dominámos por completo e mostrámos o Porto que temos que ser».

O médio confessou que há uma coisa no futebol que lhe custa «a engolir». «Lido muito mal com a derrota, não sei se é uma virtude ou um defeito, mas não lido muito bem».

Danilo contou ainda como o percurso de vida - que começou na Guiné-Bissau, o trouxe para Portugal e o levou a Itália e à Grécia - o influenciou. «Tive que crescer muito rápido. Com tanta mudança, tantas pessoas que conheci na vida, tantas personalidades diferentes, tantos países diferentes, isso influenciou-me de forma positiva. Tornei-me mais sério, mais objetivo, e o meu futebol também se baseia nisso.

Confessando o desejo de, se não tivesse sido jogador, ser jornalista, Danilo fez uma análise de si enquanto jogador. «Se tivesse de me fazer uma crítica seria ter de jogar mais rápido ou chutar mais fora da área».