A figura: Rafa

Foi o protagonista da primeira parte, período em que o Benfica foi superior, atirando aos dois postes da baliza de Rui Patrício. Primeiro num lance em que foge a Piccini e desvia a bola de Rui Patrício (8m) e depois com um remate de fora da área que o guarda-redes leonino desviou para o ferro (38m). Na segunda parte não manteve os índices de perigo, até porque a estabilidade da equipa também não foi a mesma.

Positivo: Douglas

Muitos adeptos do Benfica terão ficado preocupados com a titularidade do brasileiro, tendo em conta exibições anteriores (com o Tondela, por exemplo), mas a verdade é que o jogador cedido pelo Barcelona surpreendeu com uma exibição bem positiva. Aqui e ali com alguns comportamentos técnico-táticos pouco condizentes com este patamar competitivo, sobretudo ao nível do posicionamento (até na forma como posiciona o corpo para preparar a abordagem aos lances), mas saiu por cima no duelo com Bryan (e depois Acuña) e ainda teve bons apontamentos ofensivos, como um passe que isolou Samaris ou um remate que ressaltou em Mathieu e saiu por cima.

Negativo: Rúben Dias

É preciso dizer que o jovem central até fez uma exibição muito sólida ao lado de Jardel (do brasileiro já falaremos), ainda que tenha deixado uma vez mais a ideia que tende a perder no duelo físico quanto defronta avançados mais possantes. Mas a nota negativa é justificada pela entrada sobre Gelson, de braço levantado, ao minuto 85. Para esse momento é que faltam justificações.

Outros destaques:

Pizzi

Desta vez encostado à direita, esteve uns furos acima do que tem sido habitual. Muito importante taticamente, a tapar o corredor mas também a aparecer em zona central, espreitou sempre os passes de rutura. À beira do intervalo ainda tentou o golo, mas Rui Patrício defendeu junto ao poste. Apareceu com menor fulgor na segunda parte e foi substituído por Salvio ao minuto 67.

Zivkovic

Ao contrário do que seria expectável, perante a inclusão de Samaris no «onze», foi Zivkovic a ficar como «10», e não Pizzi. Apesar de ter as costas bem protegidas, o sérvio arregaçou as mangas e entregou-se ao espírito do dérbi, sem perder discernimento a tentar criar situações de perigo. Saiu a nove minutos do fim, já em clara quebra física.

Fejsa

Teve Samaris por perto, mas ligeiramente adiantado, e não só mostrou a fibra habitual a «limpar» o seu raio de ação, como até esteve mais influente do que é habitual na construção de jogo, nomeadamente com variações rápidas de flanco.

Jardel

Rúben Dias também esteve bem (tirando o tal apontamento negativo), mas Jardel esteve praticamente irrepreensível. Tirando o «malabarismo» de Bas Dost à beira do intervalo, que também iludiu Grimaldo, o capitão encarnado fez uma exibição de grande sobriedade no reduto leonino. Fez dois cortes importantes na reta final do encontro, mas também viu um amarelo que dita já o adeus à Liga 2017/18.