Nélson Lenho, jogador do Desp. Aves, falou sobre o caso «Cashball», no qual foi acusado de ter sido comprado para facilitar no encontro entre os avenses e o Sporting, da primeira jornada da Liga. O lateral-esquerdo garante nunca ter sido aliciado e defende que os jogadores de futebol têm de ser mais respeitados.

«Não posso dizer que [a minha cabeça] estava limpa [antes da final da Taça] pois o que aconteceu mexeu comigo. A minha sorte é que estou no Aves e o clube deu-me total apoio. Nem foi tema de conversa com os meus companheiros, mas eles sentiram que eu estava em baixo e tentaram animar-me. Relativamente a isso, fiz a queixa-crime, é pena é que demore tanto tempo a provar-se a inocência das pessoas e a fechar-se este ciclo menos bom do futebol português», começou por dizer, em entrevista ao jornal O Jogo.

«Se existe isso [aliciamento], nunca passei por nada disso. Se há profissionais que passam por esse caminho, devem ser severamente castigados e se forem jogadores devem ter castigos de dois, três anos, o que quer que seja. Isso não é futebol, felizmente nunca conheci nenhuma pessoa desse tipo e espero nunca conhecer», acrescentou.

Se fosse contactado alguma vez, Nélson Lenho assume que denunciaria o caso: «Se os jogadores nunca entram nisto, quando há uma abordagem não vejo mal nenhum em denunciarem o caso. (...) Em Portugal há muita gente a falar sobre futebol e a querer aproveitar-se do futebol. Mas, as pessoas não se podem esquecer que quem faz andar o futebol são os jogadores, que merecem mais respeito.»