Luís Castro, treinador do Desp. Chaves, na sala de imprensa do Municipal Engº Branco Teixeira, em Chaves, após a derrota por 4-0 frente ao FC Porto para a 22ª jornada da Liga.

«Sempre que jogamos contra as equipas grandes naturalmente a equipa demonstra mais fragilidades, pois as equipas de dimensão superior expõem-nos mais. Quando pensámos e projetámos o jogo não pensávamos que isso acontece-se de forma tão evidente. Apesar dessas fragilidades, no inicio do jogo chegámos várias vezes à área do FC Porto e não conseguimos materializar em golos nenhuma dessas investidas. Sempre que abordou a nossa área criou algum perigo. Mas não podíamos fugir ao caminho que tínhamos traçado e feito até hoje. Tínhamos de continuar. Não faz sentido ter jogadores que jogam assiduamente os jogos e que tão bons resultados têm feito e tira-los para amontoar jogadores à frente da área e perder por um ou dois golos. Só consigo fazer crescer a equipa expondo-a e temos claramente caminho a percorrer».

«Embora tivéssemos 57% de posse de bola, não fomos uma equipa que utiliza-se isso da forma como devia. Não fomos agressivos como devíamos e quando fomos não materializámos. A equipa não se soube juntar-se no momento certo e fechar a fonte da origem onde nascia o jogo do FC Porto, que nasceu em muitos dos nossos erros. Os médios interiores expuseram-se em demasia, achando que era fácil chegar à área do FC Porto, mas quanto mais nos aventurámos, mais expostos ficámos».

[Se o resultado vão alterar o campeonato da equipa] «O Chaves estava e está a realizar um bom campeonato. Nunca um jogo vai hipotecar tudo o que se fez até então. Há um trabalho efetuado pelos meus jogadores que não se pode por em causa. É um resultado pesado para o que se passou em campo. O resultado pesado é uma amargura grande, quando não se ganha já é mau, vai-nos atirar ao chão durante alguns dias, mas vamos reagir e vamos continuar a trabalhar com dedicação honestidade e com toda a inspiração que podemos pôr em cada treino. Não estou a dizer que vamos ganhar os jogos todos a seguir. Mas uma coisa sei, vamos continuar a trabalhar com a dedicação demonstrada até aqui».

«O mundo da arbitragem tem um conjunto de ferramentas para analisar os lances da melhor forma. Não percebo nada de arbitragem e digo isto porque quando me ponho a apitar num treino dá sempre uma caldeirada… as equipas não gostam quando o faço. E também não sei analisar. Não me dediquei até hoje às arbitragens e espero que vocês [imprensa] o façam, como costumam, de forma coerente e honesta».