Jogo emotivo na abertura da segunda jornada da Liga. Aves e Tondela somaram o primeiro ponto da temporada (2-2) num embate em que ambos os emblemas estiveram em vantagem mas no qual faltou astúcia para segurar os três pontos.

Os avenses conseguiram recompor-se do soco no estômago que foi sofrer um golo logo aos três minutos e deram a cambalhota ao marcador, mas permitiram novo empate do Tondela. Os derradeiros minutos foram emocionantes com as duas equipas a lutar pelo triunfo, mas o empate não se desfez.

Quer José Mota quer Pepa tiveram algumas contrariedades para montar as suas equipas para este embate. O técnico da casa perdeu Falcão e Jorge Fellipe no último jogo devido a castigo, Pepa apenas contou com um central de raiz face à lesão Ícaro e ao castigo de Jorge Costa. O médio Bruno Monteiro foi o médio que recuou para o eixo da defesa, fazendo dupla com Jorge Fernandes.

Estas alterações forçadas não fora impeditivo para que se assistisse a um jogo aguerrido na abertura da segunda ronda da Liga. O Tondela entrou de rompante e aos três minutos já vencia. Moufi cruzou da direita, Tomané amorteceu ao segundo poste e no coração da área Juan Delgado fez o desvio decisivo com o pé esquerdo.

Ataque rápido do Tondela, com poucos toques os beirões chegaram à baliza adversária e prometeram pragmatismo. Recompôs-se o Aves e precisou apenas de dez minutos para igualar novamente o marcador através de um lance de bola parada. Nildo bateu o livre, Derley cabeceou de forma indefensável para Cláudio Ramos.

Não acusou o soco no estômago o Aves, empatou e justificou a cambalhota no marcador com uma série de lances de perigo. Com um ímpeto elevado, utilizando um jogo pouco laborado mas com muita crença a equipa da casa acabou a primeira parte por cima a justificar um segundo golo.

O impulso da primeira metade transferiu-se para a segunda e à passagem da hora de jogo Nildo deu expressão ao domínio avense. Passe de calcanhar de Derley, Nildo foi à cara de Cláudio Ramos operar a cambalhota no marcador. Galvanizado o Aves ainda enviou uma bola ao ferro numa bomba de Braga, parecendo ter força para não permitir mais a um Tondela amorfo.

Mas de um pontapé de canto a seu favor o Aves permitiu o empate. Pepa tirou da cartola o trio que fabricou o empate, que é como quem diz fez saltar do banco os fabricantes do canto com Murillo e Xavier a prepararem o remate de Pablo Sabbag.

Quinze minutos finais de nível, com lances de perigo junto de cada uma das balizas e a ameaçar poder cair para qualquer um dos lados. Reavivou-se o Tondela, voltou a correr atrás do prejuízo o Aves, deram nas vistas os guarda-redes mas o resultado não mais se mexeu.

Primeiro ponto para Aves e Tondela na presente edição do campeonato. Mais saboroso para o Tondela face à produtividade da equipa. O Aves tem de se queixar dos seus próprios erros porque pelo que fez podia ter conseguido mais.