Figura: Renato Sanches, força e classe

Entrou no relvado para receber o prémio de melhor jogador jovem de dezembro e esta noite deixou claro que está determinado a manter esse estatuto para fevereiro, revelando-se mais uma vez preponderante no meio-campo dos encarnados. Cada vez que a bola chegava aos pés do «miúdo», o Benfica garantia, pelo menos, trinta metros conquistados no terreno. Pega na bola, levanta a cabeça, embala e lá vai ele por ali fora, sem fugir ao confronto, com objetivos bem determinados, a levar a bola para junto da baliza de Casillas. Mas não é apenas um todo-o-terreno com uma forte capacidade física assinalável, também é capaz de pormenores graciosos, como aquela assistência açucarada para o primeiro golo do jogo, marcado por Mitroglou. Nas imediações da área, troca a força de arranque por uma apurada técnica e esteve muito perto de nova assistência, mas Samaris falhou o remate. Na segunda parte perdeu fulgor e preponderância no jogo, mas a sua marca ficou bem vincada neste clássico.

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Jonas, bom início

O FC Porto tremeu por todos os lados na zona central nos primeiros vinte minutos do jogo e tremeu pela constante pressão que o avançado exerceu sobre a zona de construção do FC Porto. Nunca deu uma bola por perdida e procurou sempre atrapalhar as saídas do adversário, muitas vezes com êxito, recuperando muitas bolas que deram a origem a sucessivas oportunidades de golo nos longos minutos que o Benfica esteve claramente por cima do jogo. Esteve muito perto de marcar num desses lances, com um remate com o pé esquerdo que obrigou Casillas à defesa da noite. Mas também foi uma exibição de mais a menos, a mesma quebra que minou as exibições de outros jogadores que entraram muito bem como Gaitán e Pizzi.

Mitroglou, marcou um golo e falhou outro

Queria marcar a Casillas e marcou mesmo. Apareceu destacado na área, depois da tal assistência de Renato Sanches, ajeitou a bola com o pé esquerdo e atirou a contar com o direito. Tal como Jonas, também procurou manter a defesa do FC Porto sobre constante pressão, perseguindo a bola a toda a largura do terreno. Depois de marcar o golo teve nova oportunidade soberana, já com Casillas por terra, mas, com a Luz de pé a gritar golo, atirou ao lado.

Pizzi, velocidade a abrir

Ultra-sónico no início do jogo a dar muitas dores de cabeça a Layún que sentiu tremendas dificuldades para acompanhar a velocidade do português. Esteve muito perto de marcar, por duas vezes no mesmo lance, mas tal como Jonas foi perdendo influência no jogo. Foi dos primeiros a sair.

Eliseu, em bom nível

É um dos jogadores mais contestados na Luz, mas esta noite foi um dos que esteve em melhor plano, com constantes subidas pelo corredor, permitindo que Gaitán ocupasse uma zona mais interior no terreno. Tentou ainda o remate de longe, mas neste capítulo esteve longe da eficácia de outros tempos.

Lindelof melhor que Jardel

Apesar da enorme pressão, a verdade é que o jovem sueco esteve sempre mais sereno do que o experiente Jardel que, aliás, falha no lance do segundo golo do FC Porto.

Salvio, bem-regressado

Um regresso muito saudado na Luz depois de quase nove meses de ausência, depois de ter realizado o seu último jogo em maio de 2015. Entrou no jogo quando o Benfica já praticava um futebol caótico, em desespero, à procura do empate, Não é fácil voltar assim, com a equipa já com pouca cabeça e pouco pulmão. Fica registado o regresso de um jogador que faz falta à liga portuguesa.

Confira os destaques do FC Porto