Aboubakar

Não poderia ambicionar melhor regresso ao Dragão. Voltou a marcar ao serviço do FC Porto no anfiteatro azul e branco, algo que não acontecia desde abril de 2016, então numa goleada frente ao Nacional. Marcou nas duas oportunidades que teve o que é sintomático do momento de confiança que atravessa. Até ao momento, apontou oito golos em sete jogos, um registo impressionante. Deixa no ar a promessa de ser o goleador de serviço da equipa. Peca apenas pela dificuldade que ainda denota em segurar a bola de costas para a baliza. Evidenciou sempre um grande compromisso na hora de auxiliar nas tarefas defensivas.

Óliver

Afirma-se cada vez mais, neste início de época, como o cérebro deste FC Porto de Sérgio Conceição. Revela uma classe ímpar e uma inteligência superior cada vez que a bola lhe cai nos pés. Na retina fica o passe, pensado antes da bola lhe chegar, para Brahimi no lance do primeiro golo do jogo. Apesar de se ter eclipsado no final da época passada, é indiscutivelmente um jogador com um talento enorme. No Dragão, espera-se que esta seja a época de maturação plena.

Brahimi 

É o bom rebelde do ataque dos azuis e brancos. A proposta de jogo de Sérgio Conceição exige que os extremos joguem bem por dentro do bloco adversário, lugar onde o argelino se sente cómodo. Uma vez mais, ficou evidente a capacidade individual e técnica que possuí pela facilidade com que se desenvencilhou dos oponentes. Criticado inúmeras vezes por exagerar nos lances individuais, convido o leitor a observar o segundo golo dos portistas. A bola sobra para Brahimi na linha e em vez de optar pelo lance individual, descobre Danilo que depois dá seguimento à jogada que culmina com o bis de Aboubakar. Refira-se ainda que já tinha estado na génese do golo inaugural da partida.


Bruno Gama

Jogo interessante frente ao clube no qual completou a sua formação. Dispôs da melhor ocasião dos espanhóis em toda a primeira parte, mas o remate acabou travado por Casillas. Revelou vários pormenores de qualidade sempre que conseguiu ter bola em zonas adiantadas.

Andone

Trabalho inglório do avançado romeno. Passou a maior parte do jogo muito distante dos seus companheiros, abandonado à sua sorte. Ainda assim, saliente-se a ousadia que teve para incomodar a dupla Marcano-Felipe. Tentou o golo nos primeiros minutos do jogo, mas sem sucesso. Perdeu fulgor com o decorrer dos minutos.

Marega

Mais um dos que regressou de empréstimo. Trapalhão, como é seu estilo, atuou sozinho na frente de ataque dos portistas quando Sérgio Conceição optou por experimentar o 4-3-3. Não se pode dizer que tenha correspondido em pleno, mas conseguiu inscrever o seu nome na lista de marcadores ao apontar o último golo da goleada dos azuis e brancos.

Raúl Abentosa 

Nota para o infortúnio sofrido central espanhol neste encontro. Lesionou-se na sequência de uma disputa de bola com Soares e embora tenha tentado regressar ao jogo, foi mesmo obrigado a sair ainda na primeira parte. Desconhece-se a gravidade da lesão, ainda assim, uma infelicidade em vésperas do arranque das competições oficiais.