A FIGURA: Fábio Espinho

Teve arte e engenho de desbloquear o nulo num remate colocadíssimo perto da hora de jogo. Uma exibição aguerrida a meio campo, a juntar rapidez e raça à eficiência nas ações. Cereja no topo do bolo ao minuto 58 a deixar os três pontos em casa.

O MOMENTO: um Espinho a arrancar três pontos (58m)

O jogo estava em total expetativa. Daqueles que se sabe que pode pender para qualquer lado, mas sem certeza para qual deles. Minuto 58, numa transição rápida, David Simão serviu Talocha, com tempo e espaço suficiente para colocar a bola na área. Lá estava, além de Rui Pedro, Fábio Espinho. A bola foi direitinha ao pé direito deste e o remate, cruzado, bateu Douglas no lance decisivo do encontro.

A CRÓNICA DO TRIUNFO AXADREZADO

OUTROS DESTAQUES

Yusupha: irrequieto e muito mexido, o gambiano foi dos melhores elementos do Boavista. Naturalmente, mais no capítulo defensivo do que no ofensivo, mas nunca se inibiu de ajudar a equipa na missão de guardar a baliza de Vagner. Com espaço, revela capacidade de drible e conseguiu descortinar espaços no meio campo contrário com sucessivas diagonais. Pecado a colocar a mão no lance com Héldon (64m), que Nuno Almeida assinalara penálti antes de reverter.

Héldon: porventura o mais concreto na ação ofensiva do Vitória, a tentar arranjar espaços de manobra até à baliza de Vagner. No terço ofensivo, além de Raphinha, procurou orquestrar as jogadas de maior perigo dos minhotos, numa noite em que a equipa acabou por ficar a zeros.

Kuca: seta apontada à baliza de Douglas, tentou o golo num belo cabeceamento ao minuto 43 e procurou, sempre que possível, partir para cima do marcador direto, João Aurélio.

Rafael Miranda: boa entrada para o lugar de Mattheus na segunda parte, a conseguir ser mais audaz e expedito para ajudar a equipa do meio campo para a frente. E tentou o golo, ao ver um remate esbarrar na defensiva contrária e um cabeceamento que quase dava o empate, na melhor ocasião do Vitória no segundo tempo.

David Simão: foi quase sempre o homem das bolas paradas e deu equilíbrio ao meio campo do Boavista. Decisivo na origem da transição que dá o golo e muito batalhador do primeiro ao último minuto.