A administração da SAD do Belenenses reduziu, nos últimos cinco anos, oitenta por cento da dívida à Autoridade Tributária, pagando dois milhões de euros da dívida acumulada entre 2005 e 2009, segundo revelou esta terça-feira a sociedade anónima da equipa do Restelo.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a SAD do clube do Restelo acrescenta que «ao capital em dívida acresceram centenas de milhares de euros em juros e coimas» e que «a dívida remanescente, enquadrada num plano de pagamentos que tem vindo a ser rigorosamente cumprido, é de 465 mil euros».

«Em 2010, uma parte dessas dívidas fiscais, no valor de 447 mil euros de capital, deu origem ao processo-crime n.º 1746/10.0IDLSB, no qual a Belenenses SAD e um antigo presidente desta e do C.F.B. foram constituídos arguidos por prática do crime de abuso de confiança fiscal», refere a nota.

Apesar de não mencionar o nome do antigo presidente, a SAD refere-se a Viana de Carvalho, que liderou os destinos do clube entre 2009 e 2010.

Segundo a administração da SAD, no dia 30 de abril deste ano, «o Juízo Local Criminal de Lisboa decretou a extinção deste processo-crime, por se encontrarem integralmente pagas as dívidas fiscais que lhe deram origem», pelo que, considera a sociedade, este é «um importante passo na recuperação do bom nome e da credibilidade do Belenenses».

A sociedade anónima, cuja maioria do capital social é detido pela Codecity Sports Management, de Rui Pedro Soares, mostra-se «determinada na recuperação da competitividade do Belenenses, em simultâneo com a resolução das dívidas geradas num período de descalabro económico e financeiro».

A SAD conclui o comunicado afirmando que «tem como receitas apenas as que gera com a sua atividade, contrariamente ao que acontece com outras equipas com que compete e lembra que não recebe «receitas de bingo, bombas de gasolina, imóveis ou quotas de associados».