A Doyen Sports emitiu esta sexta-feira um comunicado, no qual garante que a fatura total que o Sporting vai pagar pela rescisão dos contratos relativos a Marcos Rojo e Zakaria Labyad ultrapassa os 20 milhões de euros.

Recorde-se que o Tribunal Federal da Suíça negou, nesta quarta-feira, provimento ao recuso do Sporting, confirmando a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto que condenara o Sporting a pagar 12 milhões de euros, mais juros. Em causa estava o facto de o Sporting ter rescindido os contratos de partilha dos passes de Marcos Rojo e Labyad, alegando ingerência da Doyen nas decisões do clube.

Ora por isso, a Doyen Sports emitiu um comunicado no qual diz que a decisão do Tribunal Federal da Suíça apresenta uma fatura total ao Sporting superior a vinte milhões de euros: cerca de 20,1 milhões.

Convém contudo explicar que o Sporting já pagou 4,5 milhões, dinheiro que a Doyen tinha investido na compra de Marcos Rojo ao Lokomotiv Moscovo e do qual foi ressarcido quando a SAD leonina rescindiu o contrato de partilha do passe em 2014.

Por isso, e de acordo com o que foi possível apurar, o Sporting tem de pagar doze milhões de euros da condenação, mais 1 milhão 270 mil 663 euros e 19 cêntimos de juros (1 270 663,19), à data de hoje. A este valor, há que somar os custos do processo: tudo junto dá cerca de 1,5 milhões de euros).

No entanto, há ainda a somar os valores relativos a Labyad, que a Doyen diz ser de 2,1 milhões de euros.

Tudo junto, portanto, o Sporting tem uma dívida atual de 15,6 milhões de euros, tendo já pagado 4,5 milhões. No entanto, acrescenta a Doyen, a estes valores acrescem juros de mora de 5 por cento ao ano, a dividir por cada dia que passe sem que seja liquidada a dívida pelo Sporting.

«Agora peço ao presidente do Sporting que autorize, finalmente, a publicação do acórdão do TAS, que sempre rejeitou por razões óbvias. Peço-lhe que explique aos sócios a verdadeira fatura deste caso, que poderia ter sido proveitoso para o Sporting, segundo o acordo proposto ao clube na altura», referiu Nélio Lucas, CEO da Doyen, no referido comunicado. 

«Por causa deste caso e das mirabolantes invenções sobre ele, tanto eu como a minha família fomos gravemente ameaçados. Espero que este seja agora um capítulo encerrado.»