O treinador do Boavista, Erwin Sanchez, acha que a sua equipa tem o «direito de pensar em algo positivo» no jogo frente ao FC Porto, no Dragão, já na sexta-feira. O técnico diz que só esse pensamento ocupa a mente dos jogadores.

E nem o facto de o FC Porto vir de dois empates seguidos muda algo na tática axadrezada. «Desde o início que temos uma ideia de jogo. Não é por defrontar um FC Porto ferido que vamos mudar a nossa maneira de estar em campo. Muito pelo contrário. Temos de ser mais rigorosos, mais disciplinados e tentar contrariar todo o poderio que o FC Porto possa vir a ter em casa», afirmou, na antevisão do encontro.

Sanchez admitiu que a única dúvida que tem para o onze a usar no Dragão está na baliza. O Boavista já utilizou três guarda-redes este ano (Mika, Mamadou Ba e Mickael Meira) e poderá estrear Agayev, internacional azeri, no dérbi da cidade.

«É a dúvida que eu tenho. Ainda temos mais um dia e meio de trabalho e tentaremos procurar o melhor para a equipa», prometeu.

O técnico acredita ainda que um bom resultado no Dragão poderá marcar a época: «Este jogo pode dar um salto na estabilidade que procuramos. Se virmos o jogo do Feirense, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Mas são coisas que acontecem no futebol e não acontecem sempre. Estamos cá para dar a volta a isso.»

«Nos dois últimos jogos tivemos o azar individual mas isso faz parte do passado. Esperemos que esse azar seja transformado em sorte. O azar individual não teria sido tão notório se a equipa tivesse marcado 30 ou 40 por cento das oportunidades que tivemos no ataque», considera.

Por fim, questionado sobre alguns lenços brancos nas bancadas depois da derrota caseira com o Feirense, retorquiu: «Ninguém trabalha para ser pior. Sou católico e nem Jesus Cristo agradou a todos.»