Felipe deu uma entrevista ao site brasileiro «Esporte Interativo» em que fala na evolução do FC Porto desde o período «em que os golos não apareciam», mas também da solidez da defesa da equipa de Nuno Espírito Santo e da acesa rivalidade com o Benfica.

O central começa por falar das dificuldades do FC Porto em chegar ao golo na primeira metade da temporada. «O grupo ainda se estava a adaptar, mudaram muitas peças...Não sei explicar bem porque os golos não apareciam. O sistema defensivo estava muito bem, mas não conseguíamos chegar lá na frente com tanta facilidade e, quando chegávamos, falhávamos», destaca.

Apesar dos poucos golos marcados, o FC Porto destaca-se, acima de tudo, pela solidez da sua defesa, a melhor da liga portuguesa, com apenas 11 golos consentidos em 22 jornadas, um registo que destaca os dragões como uma das melhores defesas da Europa. «A comunicação é muito importante. Quando falo com o Maxi, o Layún, o Iker ou o Marcano, eles aceitam bem os meus avisos e eu também os deles. Isso ajuda muito», comenta.

Felipe assume, no entanto, que demorou a adaptar-se nas bolas paradas. «Perdia-me um pouco, batia ou entrava antes do tempo. E assim fiz aquele autogolo com o PSV [Eindhoven] na pré-temporada e depois contra o Roma. Isso incomodou, mas fiquei tranquilo. E a partir daí comecei a mostrar quem é o Felipe», prosseguiu.

Quanto aos adversários, Felipe elege o Benfica como o principal rival do FC Porto. «Vê-se pela intensidade dos jogadores. E os adeptos empurram ainda mais. Vamos lá, vamos lá. E eu até parece que já acompanho isso há muito tempo, entro no clima. Temos que entrar com tudo porque a primeira bola já vale como a última», referiu.

Com a titularidade no FC Porto e a jogar na Liga dos Campeões, Felipe volta a acreditar num possível regresso à seleção brasileira que agora é comandada por Tite, que já foi treinador de Felipe no Corinthians. «Vim para a Europa a pensar muito nisso. Tive uma passagem pequena pela seleção, mas o meu objetivo é ser selecionado e manter-me», destacou Felipe a pensar no Mundial2018 que vai decorrer na Rússia. «Vim para a Europa a pensar muito nisso. O meu foco é manter-me como hipótese de ser selecionado, pois tenho grandes objetivos. Mundial de 2018? Claro, esse é um objetivo que tenho, mas para isso tenho que trabalhar muito», acrescentou ainda.