Numa palavra: asfixiante! Em apenas quinze minutos vertiginosos, o FC Porto deu a volta ao resultado negativo de janeiro e reclamou mais três pontos que lhe permitem aumentar para cinco a vantagem sobre Benfica e Sporting na classificação. Uma segunda parte avassaladora, com golos de sete em sete minutos até aos 3-1 diante de um Estoril que não foi mais do que um figurante num guião que todos adivinhavam.

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Uma segunda parte totalmente diferente da primeira jogada há 37 dias e que tinha terminado com vantagem para o Estoril, formalizada num livre direto de Eduardo. O FC Porto promoveu seis alterações, transformando o onze da primeira parte no onze inicial da última jornada em que goleou o Rio Ave. Sérgio Conceição não pôde contar com Aboubakar, mas reforçou o ataque com Brahimi e Tiquinho Soares. O Estoril, por seu lado, fez apenas três alterações, reforçando a defesa com Mano e Halliche e juntando Allano para as transições rápidas, no papel, uma vez que em campo, o jogo teve sentido único.

Como era fácil de adivinhar, o FC Porto entrou a todo o gás na partida, com Marega, logo no primeiro lance, a ganhar a bola e a arrancar pela direita a toda a velocidade. Estava dado o mote para um FC Porto de tração à frente. O Estoril limitava-se a tentar manter a bola longe da sua área, mas o FC Porto entrou mesmo com tudo e logo a seguir foi Tiquinho Soares a abrir caminho pela esquerda e a cruzar para o remate de Herrera. Os adeptos gritaram golo, mas Renan, com uma estirada, adiou os festejos.

Por pouco tempo, diga-se, sem tempo para respirar, o FC Porto estava outra vez em cima e, de forma inesperada, chegou ao empate, com apenas sete minutos de tempo decorrido. Livre de Alex Telles sobre a direita, ninguém chega à bola e esta corre, caprichosa, para o interior da baliza. Um golo festejado duas vezes pelas bancadas, depois de um momento de suspense e da confirmação do vídeoárbitro.

Alex Telles ficou lesionado logo a seguir ao lance do golo, depois de atingido por uma bola de Victor Andrade. Uma pausa que permitiu ao Estoril, com o FC Porto reduzido a dez, respirar por alguns minutos e abriu as portas para mais uma oportunidade para o jovem Diogo Dalot. Novamente com onze, o FC Porto recuperou de imediato a fórmula ultra-intensiva, voltou à carga e logo chegou ao segundo golo, o que já valia três pontos. Renan ainda defendeu o primeiro remate de Marega, Herrera tentou a recarga, o remate saiu-lhe enrolado, mas Tiquinho emendou, voltando a fazer saltar o banco do FC Porto que, em menos de quinze minutos, viu a equipa dar a volta ao resultado de janeiro.

O Estoril estava completamente perdido em campo, nesta altura, e viu a sua estratégia, se tinha alguma, ruir definitivamente com o terceiro golo do FC Porto. Remate de Corona da direita, defesa incompleta de Renan e Tiquinho, mais uma vez, a bisar. Tudo demasiado fácil diante de onze camisolas amarelas que mais pareciam baratas tontas, sem qualquer capacidade para travar as sucessivas investidas do adversário. Prova disso foi a tentativa de ahgressão de Victor Andrade a Brahimi que bem podia ter resultado num cartõ vermelho.

O jogo que tinha começado a 15 de janeiro, começava agora a acabar, com o FC Porto a levantar o pé e o jogo a perder velocidade com as sucessivas alterações que os treinadores foram promovendo desde o banco. Com o rimo bem mais baixo, o Estoril tentou finalmente entrar no jogo, mas diante de um FC Porto que ainda tinha o sangue a ferver e que ainda jogava todos os lances como se fossem o último.

Resumindo, Sérgio Conceição fez uma boa análise do que estava em jogo, escolheu os jogadores certos para a missão, enquanto o Estoril, que até tinha um quadro favorável à partida, falhou em toda a linha e não foi mais do que um figurante secundário nesta terrível demonstração de força do líder da liga.

Confira o resumo do jogo: