O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu esta quarta-feira um processo disciplinar, de caráter urgente, aos incidentes no jogo entre o Desportivo de Chaves e o Estoril, da 30.ª jornada da Liga, que ficou marcado por uma invasão de campo.

«Instauração de processo disciplinar, com atribuição de natureza urgente, à Grupo Desportivo de Chaves – Futebol SAD, a Pedro Álvaro, a Marcelo Carné, a Nuno Diogo, a André das Neves Paquete de Oliveira, a Tiago Araújo, a Vasco Seabra e a António Baptista Nobre, por deliberação da Secção Profissional», refere o CD da FPF em comunicado.

Segundo o documento, a abertura deste processo acontece devido à «factualidade constante dos relatórios oficiais de jogo e a participação apresentada pela Estoril Praia Futebol SAD». Os castigos que, entretanto, serão divulgados no mapa de sumários não se referirão a este incidente, uma vez que com a instauração de um processo disciplinar cessam as suspensões automáticas, apurou o Maisfutebol.

«O processo foi enviado, dia 24 de abril de 2024, à Comissão de Instrutores da Liga Portugal, ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução», acrescenta o órgão disciplinar.

No caso dos elementos do Estoril expulsos, a abertura do processo disciplinar poderá vir a apurar que agiram em legítima defesa, o que poderá conduzir à exclusão de ilicitude (não haver culpa e castigo) ou culpa atenuada com um a dois jogos de suspensão.

Já o Chaves poderá ser punido, no máximo, com jogos à porta fechada, não estando em cima da mesa a perda de pontos, confirmou o Maisfutebol.

Recordamos que no jogo disputado no domingo em Chaves, registou-se uma invasão de campo quando decorria o período de descontos que evoluiu para desacatos e agressões entre adeptos flavienses e jogadores do Estoril, com o guarda-redes Marcelo Carné e o defesa Pedro Álvaro a serem expulsos com cartão vermelho direto.

Após uma paragem de cerca de vinte minutos, o jogo foi retomado, com a equipa da casa a chegar ao 2-2 com um golo aos 90+20 minutos, por intermédio de Morim, quando o avançado João Carlos defendia a baliza do Estoril, devido à expulsão de Marcelo Carné, numa altura em que o emblema canarinho já tinha esgotado as substituições.