Sérgio Vieira, treinador do Estrela da Amadora, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a derrota por 2-0 frente ao FC Porto, em jogo da 22.ª jornada da Liga:

«Sabíamos que era um jogo difícil  e tornou-se ainda mais difícil durante a semana quando perdemos o Rodrigo [Pinho] e o Regis. Perdemos a possibilidade de repetir a equipa pela primeira vez e de repetir processos que vínhamos a fazer bem. Estávamos a crescer não só pela vitória, mas pela forma como aconteceu. Tornou-se difícil, mas tentámos com o Ronaldo e com o André, mas não conseguimos subir a pressão de forma mais intensa, organizada e de tirar o FC Porto do nosso meio-campo.

Estivemos organizados, impedimos o golo do FC Porto até aos 35 minutos. Sabíamos que não podíamos cometer esse tipo de erros, mas cometemos. Tentámos pressionar mais alto e demos espaço entre setores, os desequilíbrios apareceram e originaram o golo. O segundo golo surgiu na mesma lógica.

Não conseguimos ser mais intensos, pressionantes no processo defensivo nem sair tantas vezes em transição quanto as que gostaríamos. Em termos de posse, rodámos bem na primeira fase de construção, mas faltou-nos verticalidade e tranquilidade para ligar mais à frente. Acredito que isso pode ter acontecido pelas características do jogo. Ainda assim, ficam coisas boas como o nosso rigor defensivo em grande parte do jogo.»

[Estrela criou boas situações na primeira parte, mas não criou nenhuma na segunda]: «Houve mérito do FC Porto por estar em vantagem e demérito nosso em função do que disse. Perdemos dois jogadores da linha ofensiva e no banco apenas tínhamos o Kikas e o Nanu que nem extremo é. Ele disponibilizou-se para fazer essa posição e até gosta, mas não é [extremo]. Perdemos o Gustavo por lesão e o Ronald foi vendido. Em termos de opções ofensivas, foi o que nos restou. Já tivemos dificuldades na linha defensiva e até no guarda-redes. Esperemos que passem. (...) Fica a nossa intenção na preparação do jogo, mas não a prática com exceção de alguns momentos.»