Num bom espetáculo com final dramático, o Famalicão derrotou o Portimonense por 1-0. Foi, no fundo, uma vitória alcançada à entrada para os minutos finais.

Os famalicenses foram mais felizes embora os algarvios não merecessem seguir para o sul do país sem pontos. No período de compensação, o Portimonense queixou-se de um possível penálti sobre Yony González, mas Fábio Veríssimo assim não entendeu depois de rever o lance no monitor.

O melhor ficou, por isso, guardado para o fim.

Paulo Sérgio viu os seus desejos cumpridos pela direção do clube e recebeu os tão pedidos reforços. Park Ji-Soo, Maurício, Lucas Ventura, enfim, todos vieram acrescentar qualidade à equipa. Nota-se desde logo pela forma mais solta, confiante e personalizada como o Portimonense atua.

As duas equipas, separadas por dois pontos, protagonizaram um jogo interessante de seguir, sobetudo na primeira metade. Faltaram, ainda assim, os golos nesse período. O Famalicão iniciou melhor o jogo e esteve perto de abrir o marcador não fosse Nakamura ter travado o remate de Dobre. Logo de seguida, Ivo Rodrigues atirou ao lado e Dobre viu o guarda-redes nipónico ganhar-lhe novo duelo.

Os algarvios aguentaram a entrada forte do oponente nos dez minutos iniciais e foram, paulatinamente, impondo o seu jogo. Já depois de Colombatto, lesionado, ter dado o lugar a Gustavo Assunção e de duas aproximações perigosas, o Portimonense ficou a centímetros do 0-1 numa grande jogada individual de Pedrão.

Os dez minutos finais da primeira parte foram frenéticos com oportunidades junto das duas balizas. No entanto, as melhores ocasiões pertenceram aos algarvios. Atente, caro leitor: Luiz Júnior travou o remate rasteiro de Rui Gomes, emendou um erro que ele próprio cometeu ao defender um remate de Pedrão na marca de penálti e depois, foi Riccieli a substituir o guarda-redes com um corte em cima da linha.

Por sua vez, o Famalicão teve dois remates de Iván Jaime na área, um à malha lateral e outro para defesa de Nakamura, e um cabeceamento de Penetra que o guarda-redes defendeu. O jogo merecia golos, mas o marcador não mexeu até ao intervalo.

A segunda parte foi distinta. Desde logo o encontro foi mais fechado, houve menos oportunidades e consequentemente, menos motivos de interesse. Ainda assim, foi o Portimonense quem esteve mais perto do golo num cabeceamento de Róchez.

A entrada de Pablo para o lugar de Deni ao intervalo acabou por melhor o jogos dos famalicenses, mais capazes de chegarem à frente pelo facto de o filho de Pena ser capaz de segurar a bola e de jogar em apoio. Não era, de resto, por falta de tentativas que o Famalicão não chegava ao golo – Iván Jaime que o diga (!).

Paulo Sérgio introduziu no jogo Diaby, Ouattara, Ricardo Matos e Yony González, mas a equipa caiu de produção e perdeu qualidade. O Famalicão, por seu turno, continuou a acumular oportunidades perdidas como a que Penetra atirou por cima da baliza isolado.

O que o futebol dá, o futebol tira

Em poucos minutos, já na reta final da partida, o Famalicão iniciou o último e derradeiro assalto à balia contrária. Nakamura foi bafejado pela sorte num lance em que ele próprio errou e de seguida, Pedro Sá aliviou contra o poste. No lance imediatamente seguinte, Sanca desfez o nulo – com a bola a desviar no braço de Diaby e passou pelo meio das pernas de Sá.

O Portimonense, sem grande discernimento, foi à procura de um golo que lhe desse um ponto. Ainda reclamou um penálti nos descontos, mas Fábio Veríssimo assim não entendeu. 

Resumo da vitória do Famalicão sobre o Portimonense: