Willy Ndangi, pai e representante de Gianelli Imbula, deu uma entrevista ao Journal du Dimanche, de França, na qual explicou os contornos da transferência do filho.
 
Imbula, recorde-se, foi contratado pelo FC Porto por vinte milhões de euros.
 
«O FC Porto aproximou-se de nós ao mesmo tempo que o Inter Milão, mas não chegaram ao valor que o Marselha pedia. O Valencia estava por isso na frente, seguido pelo Inter. Mas o clube espanhol nunca fez uma oferta formal ao Marselha», referiu. 
 
«Com o acordo do presidente do Marselha, Vincent Labrune, nós voltámo-nos para o Inter Milão. Eles tinham contratado o Kondogbia, mas entendi que queria os dois jogadores a qualquer preço. No entanto, não houve nenhuma evolução depois disso.» 
 
«O Milan também estava interessado, mas lá eu entendia que ele não ia jogar de imediato. Só que isto está está tudo interligado. Os intermediários que trabalham para o FC Porto são os mesmos que trabalham para o Milan», acrescentou.
 
«O FC Porto chegou a acordo com a Doyen Sports, que meteram algum dinheiro para que a transferência se fizesse. Fizeram uma oferta duas vezes e meia maior do que a primeira.»
 
Confrontado com o facto da partilha de passes ser nesta altura proibida pela FIFA, Willy Ndangi garantiu que «a Doyen não tem nenhum direito sobre Imbula». «O meu filho tem contrato com o Porto. O clube é dono de seu destino. Isto é claro como água de nascente.
 
Garantindo que a vontade de Imbula era permanecer no Marselha, mas que isso se tornou impossível devido aos problemas financeiros do clube francês, o pai do jogador revelou que a prioridade dele sempre foi colocar o filho no Inter Milão.
 
«Era eu quem estava a negociar com o Inter e queria que o meu filho fosse para lá, porque o Inter é um grande clube, com um projeto ambicioso. Mas nós esperámos em vão que Roberto Mancini tivesse uma palavra com Imbula», referiu. 
 
«Durante quatro dias o Inter não deu qualquer sinal de vida. Eu vomitei no sistema deles. Só acordaram quando perceberam que o Imbula ia para o FC Porto. Nessa altura, um intermediário do clube italiano começou a enviar-me SMS ameaçadores...»