Depois de ver Benfica e Sp. Braga escorregarem esta jornada, o FC Porto deslocou-se ao Minho, debaixo de intempérie, vestindo o fato de macaco para, de forma competente e focada, vencer o Vizela (0-2) e chegar-se à frente na tabela classificativa. Golos de Taremi, de penálti, e de Eustáquio deram o quarto triunfo consecutivo aos dragões, que se juntam a águias e leões na frente do campeonato.

Sem deslumbrar, longe disso, os azuis e brancos fizeram o que lhes competia e arrumaram com a questão sem sobressaltos, impondo-se a um Vizela inoperante e que praticamente nem incomodou a baliza à guarda de Diogo Costa. Sem laterais esquerdos, em virtude das lesões de Zaidu e Wendell, Sérgio Conceição estreou o mexicano Jorge Sanchez a titular, colocando João Mário no lado canhoto.

Evanilson e Francisco Conceição renderam Galeno e Franco, respetivamente, e a dupla foi dos principais focos agitadores do FC Porto no ataque, assinando vários lances ofensivos de relevo. Após um período de paciência, em que os portuenses procuravam os espaços para transpor a organização vizelense, é Evanilson que está no lance que desbloqueia o jogo.

Arte de Eustáquio após o castigo máximo

Após dar nas vistas na Champions, com os três golos apontados em Antuérpia, a meio da primeira parte o avançado brasileiro foi travado por Bruno Wilson na área, dando origem a um castigo máximo. Taremi assumiu a cobrança, voltando aos golos quase um mês e meio depois do último remate certeiro.

Estava efetivada a supremacia do FC Porto, exigia-se mais a um Vizela demasiado tímido, sem capacidade para ligar jogo e quase sempre encolhido no seu meio campo. Teve o seu momento pouco depois da meia hora de jogo, na sequência de um lance de bola parada, com Nuno Moreira a aproveitar a ressaca de bola para rematar de forma violenta ao ferro da baliza azul e branca.

Chegou à tranquilidade o FC Porto em cima do intervalo num excelente golo de Eustáquio. A bola dividida que acabou por sobrar para o canadiano, que lhe deu o melhor seguimento num momento sublime. Com uma ameaça de remate desviou os adversários do caminho e encheu depois o pé esquerdo para assinar o momento da noite e fechar, ao minuto 44, o resultado final.

Gestão sem sobressaltos

Sem perder o foco, a equipa de Conceição geriu as incidências na segunda metade, relaxando ativamente depois de um jogo a meio da semana para as provas europeias, beneficiando também da continuidade da prestação pálida do conjunto vizelenese, que não teve capacidade responder à desvantagem.

Nem numa oferta de David Carmo, que apertado entregou a bola a Samu, o conjunto de Pablo Villar conseguiu reentrar no jogo. Completamente isolado, o capitão do Vizela disparou por cima quando tinha, inclusive, um colega ao lado. Mantém-se o histórico, o Vizela continua sem marcar nas receções ao FC Porto, permanecendo na cauda da tabela classificativa, no antepenúltimo lugar, naquela que foi a quinta jornada sem vencer.

Quarto triunfo consecutivo do FC Porto, encostando-se ao Benfica e ao Sporting – os leões jogam esta segunda-feira no Bessa – no topo da tabela. Os azuis e brancos cumpriram, vencendo de forma tão natural como tranquila no recinto vizelense.