José Gomes, presidente da APAF, espera que não seja aberto nenhum processo a Pedro Proença, na sequência das duras críticas que o árbitro teceu sobre o Conselho de Arbitragem e o seu presidente, Vítor Pereira

O presidente da APAF falou à margem do 1º Fórum do Desenvolvimento do Futebol, que decorre neste fim-de-semana, em Olhão.

«Fico espantado se tiver um processo. O Pedro Proença disse aquilo que lhe vai na alma, o que ele acha o que tem sido as coisas menos boas desta gestão. Acho que têm sido feitas coisas boas, e outras, nem tanto», referiu. 

«Isso tem sido tratado internamente, e agora foi exposto. Essa questão de ter ou não ter processo, iria causar-me alguma surpresa se o tiver, até porque há tantos clubes e presidentes que fazem declarações contra os árbitros, e o Conselho de Arbitragem envia uns e não envia outros para o Conselho de Disciplina. Espero que não seja dado o árbitro como exemplo.»

O líder da Associação Portuguesa dos Árbitros de Futebol concorda com o árbitro, que queixou-se da falta de proteção, durante o Mundial. 

«Do que tive conhecimento, o Pedro (Proença) poderia ter tido outro apoio durante o Mundial. Teve-o por parte do presidente da FPF, e não teve esse acompanhamento e apoio por parte do presidente do Conselho de Arbitragem.»

A falta de pagamento dos subsídios aos árbitros, e que já levou até a ameaças de greve, está perto de ser resolvida. 

«Essa situação está controlada. Temos mantido contacto diário com o presidente da Liga, e temos a garantia de que nos próximos dias será uma questão resolvida. Ainda não está nada pago, mas a Liga deu-nos a garantia que na forma que encontrou o financiamento para esta época também está englobada a arbitragem.»