Vasco Seabra, treinador do P. Ferreira, em declarações na sala de imprensa, após a derrota sofrida pela sua equipa na visita a Santa Maria da Feira, com uma decisão polémica de Carlos Xistra, que levou o treinador pacense a dizer que, «assim, a existência do vídeo-árbitro é absurda».

«Entrámos melhor, conseguimos encontrar os espaços para jogar e criar oportunidades de golo - tivemos três antes de marcar. Depois intranquilizámo-nos um pouco e  ficámos com menos paciência e critério para rodar a bola, e o Feirense foi crescendo, criando também as suas oportunidades e acabou por empatar, num resultado justo, ao intervalo. Na segunda parte, o jogo teve uma toada de muito jogo direto e de segundas bolas, numa partida muito duro e intenso. Inicialmente tivemos dificuldades em controlar o jogo em profundidade, mas depois conseguimos estabilizar e tivemos uma oportunidade de golo, impedido por uma grande defesa do guarda-redes do Feirense. E quando tudo fazia prever que ia haver empate - que não sendo o que procurávamos, era o que sentíamos ser possível - surgiu aquele lance. Mas agora temos de nos levantar porque temos um jogo no sábado e o que posso garantir é que a equipa vai dar uma resposta muito positiva e vai entrar para ganhar. Estamos a fazer um trabalho de acordo com o que é expectativa, não estamos a ter os resultados desejados, mas vamos fazer um campeonato tranquilo.»

[sobre a demora na tomada de decisão]

«A decisão [de manter a grande penalidade após ver as imagens] demorou a ser tomada porque era demasiado evidente que não era penalty. Não costumamos falar de arbitragens, mas é mesmo lamentável que, ainda por cima, tendo a possibilidade de rever o lance, o árbitro tenha mantido uma decisão errada, que nos penaliza, num jogo que foi competitivo e em que o resultado se ajustava. Queria referir que o braço faz parte do corpo humano, estava encostado ao corpo e não tem interferência na jogada. Por isso, é absurda a marcação da grande penalidade. Hoje, considero que não houve erro nosso, houve erro grave do árbitro que penaliza a nossa equipa.»

[situação faz mudar de opinião em relação ao VAR?]

«Faz. Eu era defensor do VAR, porque sentia que ele podia dar mais critério e justiça ao jogo, mas isso não acontece. Dá a mesma injustiça ao jogo e à verdade desportiva. Por isso, acaba por ser absurdo existir. Que se mantenham as decisões dos árbitros, que tal como as dos jogadores, não dá para voltar atrás.»

[sobre a aposta em Welthon a titular]

«O Welthon não estava a ser utilizado de início, primeiro porque os jogadores que estavam a jogar estavam bem e depois porque vinha de uma lesão e precisava de tempo e precisava de tempo para ganhar capacidade para entrar de início e aguentar os 90 minutos. Ao longo das semanas fomos crescendo com ele, que foi aumentando a intensidade nos treinos e nas entradas em jogo. Se pode sair até 31 de agosto? O mercado é volátil, pode sair e entrar gente, mas a situação que temos agora passa a da continuidade dele até ao final da época.»