Godfried Frimpong, jovem lateral holandês do Benfica, com apenas dezoito anos, revelou, numa longa entrevista à Voetbalzone, que tem sido chamado por Rui Vitória para treinar na equipa principal. Depois de uma época em que praticamente não jogou, o jovem defesa está agora determinado em vingar no clube da Luz.

Na última época, Frimpong somou poucos minutos nos juniores devido a uma lesão que o afastou dos treinos por três meses, mas esta temporada o lateral conta que ganhou um novo alento com a confiança que o treinador Rui Vitória lhe deu. «Esta época tenho treinado quase todos os dias com a equipa principal e, entretanto, vou jogando nos sub-19. É muito importante para mim treinar regularmente com o plantel principal. É uma equipa que está ao no nível dos dez melhores na Europa», conta.

Depois de uma época em que jogou pouco, o lateral sente-se lisonjeado com a atenção de Rui Vitória. «O meu relacionamento com o treinador é profissional, mas ele já me conhece. Nos treinos procuro dar o meu melhor e tento acompanhar Grimaldo. Além disso, tenho muito respeito por Jonas. Ele é muito experiente ao pé dele percebes qual o nível de futebol em que estás», destaca. Godfried Frimpong fala também numa boa relação com Rafa Silva que o leva muitas vezes para o Seixal. «Ainda não tenho carta de condução, então ele dá-me sempre boleia quando me vê a caminho da academia».

O jovem defesa chegou ao Benfica em 2015, com apenas dezasseis anos, mas tem objetivos bem delineados. «A maioria dos meninos com dezasseis anos não se atreveriam a ir para o estrangeiro sem os pais. Eu considerei que era uma grande oportunidade de jogar num clube como o Benfica. Não pensei em dinheiro. As condições são boas, mas quando ouvi falar de interesse do Benfica, pensei apenas numa coisa: queria fazer meus pais orgulhosos. A minha mãe estava preocupada e, inicialmente, teve problemas e aceitar a ideia de vir para Portugal, mas meu pai conseguiu convencê-la», conta.

Na entrevista, Frimpong fala ainda nos primeiros tempos na Academia do Seixal em que dividiu o quarto com Renato Sanches. «Vim para a Academia do Benfica, onde todos os talentos ficam. Estava tudo muito bem organizado. Eu dividi um quarto com Renato Sanches, que estava no início. No início era tímido e não estava tão à vontade como estou agora. No quarto do andar de baixo estava José Gomes, uma grande promessa do futebol português», recorda..

Filho de pais ganeses, Frimpong destaca-se pela estampa física e ainda pretende melhorar nesse capítulo. «Queria ser um verdadeiro profissional, então comecei a trabalhar sério. Estou no ginásio regularmente, mas também é importante não perder leveza. A minha grande referência é Benjamin Mendy, do Manchester City, ele é alto, forte e bastante rápido, acho que ele é quase imbatível e ao mesmo tempo ofensivo. Também me revejo no Marcelo do Real Madrid, mas ele é mais um atacante do que um defesa. Eu também sou ofensivo, estou a procurar melhorar no aspeto defensivo», refere.

O jovem lateral está nesta altura a recuperar de problemas físicos, mas garante que é apenas sobrecarga de esforço, nada a ver com a lesão que sofreu na época passada. «No ano passado quase que não joguei, mas este ano tenho feito quase todos os jogos e tenho treinado quase todos os dias com o plantel principal. No início, achei que era muito exigente em termos físicos, mas já me estou a acostumar. Estou quase em forma, mas não quero arriscar sofrer nova lesão», destaca.

Frimpong está determinado, acima de tudo, em vingar no Benfica. «Esta é uma oportunidade que só acontecerá uma vez na vida. Tenho de agarrá-la com as duas mãos. Vim para o Benfica com essa mentalidade. Estava bem no Sparta, os treinos eram bons, mas senti necessidade vontade de procurar algo novo. O Benfica é superior ao Sparta», conta

O contrato de Frimpong termina no final da corrente temporada, mas o lateral não está preocupado com o futuro. «Quero ter sucesso no Benfica. No ano passado tive dúvidas sobre o meu futuro, no entanto, continuei a acreditar em mim mesmo e tenho treinado ainda mais para estar mais perto de ter sucesso na primeira equipe do Benfica. Quero ser um exemplo para os meninos do Schilderswijk. Não é o bairro mais próspero, mas há muito talento. Claro que sinto falta de casa, mas tenho que ficar maduro: vim aqui para tornar meus pais orgulhosos», insistiu.