Luís Guilherme não gostou nada das afirmações produzidas pelo treinador do F.C. Porto, José Mourinho, logo após o empate com o Belenenses. Na altura, o técnico portista «adivinhou» que o setubalense Lucílio Baptista seria o juiz do duelo da próxima segunda-feira, entre Boavista e F.C. Porto.

Lucílio era um dos três árbitros pré-nomeados para esse jogo. Havia, por isso, um terço de hipóteses de ser o sorteado para o encontro-cartaz da segunda jornada da Super Liga. Mas a verdade é que o sorteio desta terça-feira ditou que fosse Duarte Gomes a dirigir o derby do Bessa. O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga garante que não é influenciável e, ainda que nunca especifique o nome do treinador do F.C. Porto que «determinadas afirmações não contribuam para valorizar o futebol e a Super Liga».«Estamos a tentar apostar na melhoria e na credibilização dos espectáculos e não nos vamos deixar influenciar seja por quem for», reforça o responsável pelo órgão que gere a arbitragem nos escalões profissionais.

Mas, afinal, de onde veio o palpite (não confirmado...) de José Mourinho? «Não sei, nem me interessa!», reage Luís Guilherme, que garante que, por ele «seria completamente indiferente ser Lucílio Baptista, Duarte Gomes ou outro árbitro qualquer». «Havia três equipa pré-nomeadas, com condições para dirigir esse jogo. A partir daqui, já nada era da nossa competência. Não nos preocupamos apenas com uma partida, por muito importante que ela possa ser».

Luís Guilherme ressalva que tem «todo o respeito pelos anseios e pelas preocupações das pessoas», mas garante que «não há quaisquer tipo de pressões a inquinar o processo de escolha dos árbitros».

«Ainda não vi o relatório do Porto-Belenenses»

O responsável máximo da CA da Liga sublinha que a sua função é «respeitar a arbitragem» e promete «fazer por isso» ao longo da época que ainda agora começou.

Sobre a polémica que rodeou o final do F.C. Porto-Belenenses, Luís Guilherme diz «nada saber».«Ainda não vi o relatório dessa partida, nem é minha prioridade estar a ver relatórios. Se algo de especial aconteceu, por certo isso constará do relatório do árbitro».

Quanto à questão dos delegados, levantada pelo presidente do F.C. Porto, Pinto da Costa, Luís Guilherme recordou que «não é da competência da Comissão de Arbitragem estar a escolher os delegados».