José Mota, treinador do Gil Vicente, analisa a derrota em Alvalade, para a 22ª jornada da Liga:
 
«A diferença para a segunda parte esteve na eficácia do Sporting. Com um momento alto no jogo, que foi o golo do Nani. Com talento e qualidade as coisas acontecem. Aquilo que tínhamos preparado estava a surtir efeito. Conseguimos um bloco bem posicionado, bloqueámos a zona de construção do Sporting. Estávamos a enervar o Sporting, a causar dificuldades no jogo interior. Tivemos também a irreverência para sair em contra-ataque, para o Sporting não conseguir dominar. A primeira parte foi dentro desta lógica. O Sporting teve mais posse de bola, jogou no nosso meio-campo, mas sem grandes oportunidades. A melhor ocasião da primeira parte até foi do Gil Vicente, com o Diogo Viana.»
 
«Sabíamos que o Sporting ia tentar ser forte, mas entrámos na 2ª parte novamente com organização e tranquilidade. Pecámos na profundidade, na objetividade do jogo ofensivo. E também pela reação à perda de bola do Gil. Conseguiu jogar no nosso meio-campo. Não criou situações de golo, mas obrigou-nos a defender. Marcaram de bola parada, e sabíamos que era difícil reagir a essa adversidade. Tivemos sempre capacidade organizativa, e depois surgiu aquele momento do Nani. Com 2-0 a vitória estava concluída e é justa, tenho de o dizer.»
 
[sobre a luta pela permanência] «Muita coisa vai acontecer. Existem seis ou sete equipas que vão ter essa dificuldade. Algumas já atravessaram um ciclo difícil, como o Gil, e que têm-se aproximado dos objetivos, e outras que vão tendo as suas dificuldades. Todas elas vão ter o seu calvário. Umas na primeira volta, outras na segunda. O que pretendemos é não ter oscilações, que a equipa não perca o ânimo. O campeonato vai ser disputadíssimo até à última jornada. Vai ser um trabalho difícil, dignificante também, mas vai existir sempre muita competitividade e oscilação de posições. Não tenho dúvidas.»
 
«Tenho quase a certeza, com a qualidade que temos evidenciado nesta segunda volta. Após o mercado de janeiro percebo perfeitamente que o Gil está mais forte. Os resultados dizem-no, e as exibições também. Não é este resultado quer nos vai afetar. Pelo contrário. Foi um jogo em que nos dignificámos.»