Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após frente ao FC Porto:

«O golo do FC Porto cedo alterou-nos a estratégia e foi determinante. Criou-nos alguma intranquilidade e a equipa demorou a entrar no jogo. A qualidade do FC Porto foi determinante, vinha ferida no orgulho, circulou a bola muito rápida e nós sentimos dificuldades em cobrir a bola. Vitória justa do Porto, pelos número certos. Demoramos muito tempo a entrar no jogo, só por volta dos 30 minutos é que conseguimos equilibrar sem criar perigo. Na segunda parte tivemos mais bola, o Porto não esteve tão seguro como na primeira, e criamos duas oportunidades, mas é manifestamente pouco. A nossa guerra é outra. Estamos a falar de uma equipa que luta por outros objetivos e um golo aos sete minutos deita por terra qualquer estratégia. O segundo golo deita animicamente abaixo a minha equipa.»

[Que tipo de trabalho teve com a equipa?] Nós conhecemos bem o FC Porto e eles acabam por fazer um golo numa situação que estávamos alertados para isso. O FC Porto é uma equipa muito pressionante nos corredores e reage à perda de bola com muita intensidade. Depois de ganhar a bola, é uma vertigem incrível, com jogadores muito rápidos. Queríamos preparar a equipa para juntar muito as linhas para não haver jogo interior, mas acabou por não ser eficaz, mérito do FC Porto

[titularidade de Pedro Marque] Ele está a trabalhar connosco há algum tempo, é um jogador que vai ser importante nesta reta final, trabalha bem e fez um excelente jogo. Não gosto de individualizar, isto é um desporto coletivo e quero aqui ressalvar o comportamento da equipa. Fez um esforço enorme para reentrar no jogo e para uma equipa que está na posição que está, é difícil. O que devo retirar do jogo é que a equipa na segunda parte consegue reentrar no jogo, mas depois a qualidade do Sérgio Oliveira veio ao de cima».