Um Benfica reativo não chegou para evitar a segunda derrota na pré-temporada (sem contar com os penáltis frente ao Torino), desta vez frente ao Lyon, em França. Os encarnados tiveram várias falhas no primeiro tempo que comprometeram o resultado.

Rui Vitória fez vários testes dentro da equipa, desde logo com uma dupla inédita no meio-campo e num segundo tempo em que André Horta jogou atrás do ponta-de-lança Raul Jimenez. Nota de destaque também para a exibição de Franco Cervi e o regresso de Júlio César à titularidade.

Após dez minutos em que as duas equipas foram blocos fechados, o jogo começou a abrir e o Lyon chegou ao golo aos 19 minutos: os franceses conseguem sair com a bola da linha de fundo, foram rápidos a trocá-la e Fekir recebeu entre os centrais para atirar para o 1-0. Já agora, erro de Carrillo, a não perceber a pressão que estava a ser feita na linha de fundo e a não reagir de imediato, com Celis também a ir em busca da bola e um adversário a ficar livre.

 

 

O Benfica recompôs-se de imediato, com um grande golo de Grimaldo, num livre apontado à entrada da área. O espanhol terá ganho prioridade nas faltas descaídas para a direita, com o tiro desta noite.

 

 

O problema é que apesar da igualdade, os encarnados não corrigiram falhas posicionais. Samaris e Celis jogavam no miolo, mas o espaço entre linhas era por demais evidente e aproveitado pelo vice-campeão francês. A reação à perda de bola também foi lenta.

O 2-1 do Lyon foi a prova mais evidente disto mesmo. Enquanto a linha mais recuada se tentou alinhar após iniciativa de Cornet, ficou um espaço demasiado grande entre defesas e médios – Samaris e Celis deviam ter tido mais intensidade no lance e o único a reagir é Grimaldo -, no qual surgiu o extremo do Lyon a atirar de primeira sem hipótese para Júlio César.

 

 

O 3-1 foi castigo ainda maior. Porque aconteceu de uma grande penalidade e porque Celis cometeu uma infantilidade na área. Com Guedes ao lado na pressão a um adversário, atingiu duas vezes a perna de Rafael. Lacazette não perdoou e o Benfica saiu para o intervalo com uma diferença de dois golos, perante uma equipa que já em Alvalade tinha dado boas notas e que esta noite, em casa, voltava a dar.

 

 

Não seria fácil, portanto, dar a volta ao Lyon. Os encarnados tentaram, com as alterações de Rui Vitória a surtirem efeito. André Horta entrou, mas Celis e Samaris mantiveram-se em campo. O camisola 8 posicionou-se atrás de Jimenez e, nesse período, surgiu o melhor Benfica, com Franco Cervi a destacar-se individualmente. Muito mais ativo e intenso do que Carrillo, neste momento, o argentino obteve três oportunidades seguidas, com Gorgelin a defendê-las todas.

O Benfica foi muito mais compacto nessa altura, mais intenso, começou a recuperar a bola mais à frente e Celis emendou o erro do primeiro tempo com uma assistência para André Almeida, o segundo lateral da noite a marcar pelas águias. O internacional português saiu lesionado do lance, atingido pelos punhos do guardião Gorgelin.

 

 

Ou seja, o Benfica reagiu à desvantagem e atirou-se ao Lyon, o que é sempre um sinal positivo. Não chegou ao empate, até porque Luisão atirou para as mãos de Gorgelin aos 62 minutos e, com nova onda de substituições, o jogo teve mais algumas paragens e quebra de ritmo.

O último teste antes da Supertaça teve resultado negativo e pode ter esclarecido algumas dúvidas que Rui Vitória ainda tenha para o onze da Supertaça. As outras, terão de ser as lesões a dissipar, pois Fejsa é cada vez mais uma preciosidade no plantel, Cervi parece em vantagem sobre Carrillo e Salvio perdeu um pouco de terreno para Pizzi. Na frente, Jonas é sempre Jonas, mas está com gripe e o técnico poderá ter de lançar alguma inesperada para o Sp. Braga.