O presidente da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), Luciano Gonçalves, assumiu em Paços de Ferreira a vontade de realizar anualmente um jogo de homenagem ao falecido árbitro Paulo Paraty, um entusiasta dos jogos amigáveis, envolvendo a comunidade prisional.

O representante dos árbitros falou precisamente no final de um jogo ganho pelos árbitros aos reclusos do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira (2-0), realizado no estádio Capital do Móvel e dedicado ao malogrado Paulo Paraty, e defendeu a realização anual deste particular, com uma nova denominação e maior abrangência.

«[Esta homenagem] era mais do que merecida, por tudo o que [Paulo Paraty] deu, e era o mínimo que podíamos fazer. Espero que seja a primeira de várias e que todos os anos se faça este jogo, com o nome de O Jogo de Paulo Paraty, envolvendo toda a arbitragem, mas também alargar a participação aos jogadores e treinadores», disse Luciano Gonçalves.

O pontapé de saída coube ao pai do falecido árbitro, Armando Paraty, e no jogo participou também o emocionado irmão, Pedro Paraty. «Este era o evento em que o Paulo, em vida, depositava grande energia e esta é a forma que eu e a família encontrámos para manter o legado que nos deixou. Este era um dia especial também para ele, que fazia sempre questão de estar cá, participar na organização e conviver com estas pessoas», disse Pedro Paraty à comunicação social.

Pedro Proença, ex-árbitro e atual presidente da Liga, estava anunciado no programa, mas não esteve presente no evento e escapou, assim, às questões dos jornalistas sobre os temas quentes do futebol, como o alargamento da Liga ao Gil Vicente e definição dos quadros competitivos.