O Ministério Público solicitou esta sexta-feira que o Leixões seja proibido de participar na I e II Ligas nacionais, ficando ainda privado «do direito a subsídios, subvenções ou incentivos outorgados pelo Estado, autarquias locais e demais pessoas coletivas públicas» por um período não inferior a três anos.

Esta é a principal nota de destaque do despacho de acusação relativo ao processo «Jogo Duplo» que o Ministério Público defendeu durante o debate instrutório no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, mas não é a única.

Para os treinadores é pedida uma pena acessória de proibição do exercício do cargo “por período não inferior a cinco anos e dois anos», enquanto que para os jogadores envolvidos no processo penas acessórias de suspensão de participação nas I e II Liga, Campeonato de Portugal, Taças da Liga e de Portugal, por períodos de seis meses a cinco anos.

A decisão instrutória, que visa pronunciar ou não os arguidos, isto é, se vão ou não a julgamento, ficou agendada para sexta-feira, às 16 horas.

Recorde-se que o «Jogo Duplo» é um processo de investigação que fez 27 arguidos, relacionado com viciação de resultados no futebol. Entre os arguidos estão jogadores do Oriental, Oliveirense, Penafiel e Académico de Viseu, assim como dirigentes desportivos, empresários, um elemento de uma claque e outras pessoas com ligações ao negócio das apostas desportivas.