Luka Jovic reencontrou a felicidade na Alemanha. Depois de duas épocas no Benfica em que praticamente só jogou pela equipa B, o avançado foi emprestado ao Eintracht Frankfurt e tem sido figura de destaque da equipa alemã.

A equipa de Frankfurt está em quarto lugar da Bundesliga, em posição de apuramento para a Liga dos Campeões, e está também nas meias finais da Taça da Alemanha. Ora Jovic já fez 20 jogos e apontou seis golos.

Já há até quem o compare a Lewandowski, mas o jovem sérvio não se deixa intimidar.

«Os números são ótimos e fico contente com isso. Não me preocupo com as comparações, é importante para mim é colecionar minutos e fazer golos.  O importante é que esta temporada está no caminho certo para preparar da melhor forma a seguinte», referiu Jovic, em entrevista ao jornal Novosti.

«A minha aventura no Eintracht foi difícil no início, porque tinha Haler pela frente, e ele foi o jogador mais caro da história do clube. Eu sabia que não ia ser fácil, mas trabalhei no duro, esperando a minha vez e justiquei a aposta quando fui chamado.»

Apesar de ter sido emprestado por dois anos ao Eintracht Frankfurt, e de estar apenas a cumprir a primeira, na Alemanha já se fala da hipótese do clube avançar de imediato para a compra do passe, de acordo com a opção prevista no empréstimo.

O problema é que essa opção de compra do passe está fixada em 12 milhões de euros.

«Existe uma opção muito elevada, sim, mas eu não sinto o peso do preços. Essas perguntas não são para mim e também ainda não é hora de falar sobre isso, até porque a temporada entrou na fase mais importante», referiu.

«Nesta altura só penso em desfrutar do futebol em Frankfurt, em ficar nos primeiros lugares e garantir o apuramento para a Liga dos Campeões. Não quero regressar aos velhos hábitos de Lisboa. Estamos a jogar um futebol acima de todas as expectativas, e queremos que o futebol se afirme na elite do futebol alemão, porque isso é que é importante.»

Mas o que correu mal em Lisboa para Jovic não conseguir mostrar no Benfica o que está a mostrar na Alemanha?

«Eu saí da Sérvia há dois anos como uma estrela e no Benfica encontrei um ataque com Mitroglou, Jonas e Raul Jimenez. Em primeiro lugar eu precisava de tempo para me adaptar ao clube, à liga portuguesa e tudo mais, mas isso tornou-se difícil porque na minha cabeça era difícil aceitar que não jogava», respondeu.

«Essencialmente esse foi o grande problema. Agora eu tenho a mentalidade certa: sei que o tempo está a passar, já não sou tão jovem [tem 20 anos] e tenho que mostrar o meu potencial.»