Por: Adérito Esteves

A figura: Corona

Que melhor estreia podia pedir El Tecatito? Só precisou de 15 minutos para marcar pela primeira vez com a camisola dos portistas, a finalizar uma jogada de envolvimento do ataque azul-e-branco. É verdade que o toque de calcanhar de Aboubakar é meio golo, mas o mexicano apareceu muito bem a finalizar. Corona animou-se com o golo e pouco depois tentou retribuir a assistência para o camaronês, que chegou ligeiramente atrasado. Na segunda parte começou por surgir à esquerda, mas foi quando voltou ao flanco oposto que voltou a brilhar, quando, ao minuto 61 só teve de fazer a emenda a um remate de André André que Bracalli defendeu para a frente. Podia ter feito o hat-trick pouco depois, num contra-ataque em que perdeu ângulo para o remate.

Outros destaques:

Aboubakar:
O camaronês teve pela frente uma das suas presas preferidas, a quem na época passada marcou nas duas partidas. Esta noite voltou a mostrar vontade de fazer estragos e foi dos jogadores mais ativos dos dragões, tentando o golo várias vezes. E tantas vezes tentou que o golo lá surgiu, aos 71 minutos. Delicioso o pormenor com que faz a assistência para o golo de Corona: arrasta a defensiva do Arouca e deixa de calcanhar para o mexicano encostar. É o primeiro jogador a defender, e é muito útil também nas bolas paradas defensivas.

André André
Partindo da esquerda para o meio, a construção de jogo da equipa começou quase sempre nos seus pés. É do jogador chegado do V. Guimarães o remate que Bracali não consegue segurar e que dá a possibilidade a Corona para bisar, e também a assistência para o golo de Aboubakar. Mereceu a titularidade depois de se vir a afirmar como o primeiro suplente a entrar quando Lopetegui quer mexer no jogo e mostrou que mais atenção.

Layún
A estrear-se também de dragão ao peito, o polivalente atleta mexicano esteve sempre muito bem posicionado defensivamente. Não se aventurou muito no ataque, mas talvez não se lhe pudesse exigir isso a um jogador com tão poucos treinos com a equipa e que teve uma viagem intercontinental a meio da semana. Viu amarelo numa fase precoce da partida, mas mostrou que pode ser uma boa opção à esquerda.

Zequinha
O último reforço de Lito Vidigal entrou diretamente no onze do Arouca, beneficiando da ausência forçada de Ivo Rodrigues, o habitual dono do lugar, mas que estava impedido de jogar contra a equipa que o emprestou à formação da serra da Freita. Encostado à esquerda, passou um bocado ao lado do jogo na primeira parte e foi o primeiro a sair do jogo.

Maurides
Antes da partida, já muitos olhos estavam no avançado brasileiro, pela possibilidade de jogar frente ao irmão, nada mais, nada menos que o capitão do FC Porto: Maicon. Depois de já ter marcado frente ao Moreirense, Maurides, entrado na segunda parte, voltou a mostra que é mais do que, simplesmente, “o irmão de Maicon”. Oportuno, marcou o golo de honra do Arouca, dando o melhor seguimento a um bom trabalho de Nildo à esquerda