Figura: Murillo (bisou para a permanência)

O extremo venezuelano foi uma seta apontada à área e baliza dos flavienses, com a habitual mobilidade, velocidade e verticalidade que lhe são reconhecidas. Num jogo de inspiração coletiva, Jhon Murillo acabou por destacar-se ao apontar dois dos cinco golos com que o Tondela venceu o Chaves, o que permitiu assegurar a permanência. Murillo registava apenas dois tentos (um na Liga e outro na Taça da Liga) antes deste duelo decisivo.No primeiro (16’), quando os auriverdes já venciam por 2-0, conseguiu isolar-se e finalizou com um toque de classe, picando a bola por cima do guardião flaviense. Depois, aos 77’, o jogador de 23 anos iniciou uma jogada que passou pelos pés de João Pedro e Pité para, de cabeça, sentenciar o 5-2 final e levar à loucura os adeptos no Estádio João Cardoso.

Momento: golo madrugador de Ícaro (4’)

Só uma vitória garantia a permanência do Tondela na I Liga e o conjunto beirão mostrou desde cedo que estava empenhado em garanti-la. Muito pressionante logo após o apito inicial de João Pinheiro, a equipa de Pepa conquistou um pontapé de canto aos quatro minutos, que viria a resultar no primeiro golo da partida. Ícaro, que saltou para a titularidade face às ausências – por castigo – de Ricardo Costa e Jorge Fernandes, tendo formado dupla com o ‘adaptado’ Bruno Monteiro no eixo defensivo, abriu o marcador com um forte cabeceamento que deixou o guardião Ricardo ‘pregado’ ao relvado e deu início a um período verdadeiramente alucinante da equipa tondelense, que chegou ao 3-0 no espaço de 12 minutos e, aos 28’, já vencia por 4-0.

A crónica, as melhores imagens e o resumo da permanência do Tondela na Liga

OUTROS DESTAQUES

Xavier: foi outra das novidades no onze inicial do Tondela e mostrou mais uma vez o porquê de ter sido um dos jogadores mais influentes da equipa beirã na presente época. Cobrou o canto que resultou no 1-0 e esteve na origem do 2-0, com novo cruzamento perigoso. 

Tomané: mesmo sem ter marcado, o avançado do Tondela realizou uma grande exibição e deixou a sua marca com duas assistências, no primeiro golo de Murillo e no tento de Juan Delgado. Com as habituais diagonais para as alas e recuando também no terreno, Tomané foi fundamental para abrir espaços ao trio (Xavier, Delgado e Murillo) que aparecia nas suas costas e não deu uma única bola como perdida.

Djavan: a melhor unidade do Chaves na primeira parte, mas não por razões defensivas. Foi no ataque que Djavan deu nas vistas com duas incursões pelo flanco esquerdo: uma resultou em golo e a outra numa oportunidade desperdiçada por Rúben Macedo.

Cláudio Ramos: depois de o Chaves ter reduzido a diferença para dois golos antes do intervalo, o guarda-redes do Tondela teve um papel decisivo para segurar o resultado na segunda parte, com destaque para duas defesas de enorme dificuldade, a remates de Platiny e William.

Platiny: entrou aos 19 minutos e o Chaves já perdia por três golos. Ainda viu o Tondela marcar o quarto antes de ele próprio reduzir a diferença, aos 38 minutos, dando o melhor seguimento ao cruzamento bem medido de Djavan. Lutador.