A FIGURA: João Palhinha, o recuperador
O médio emprestado pelo Sporting ao Belenenses foi a principal peça para a recuperação azul no jogo. É um lutador incansável, recupera imensas bolas e é o primeiro a construir. Na primeira parte esteve uns furos abaixo porque Uri Rosell ao seu lado só atrapalhava. Mesmo assim conseguiu evitar algum fulgor do Nacional. Com a passagem para 4-4-2 (sem o espanhol), Palhinha assumiu o meio-campo com André Sousa mais à frente e empurrou a sua equipa para o ataque. Para além de toda a luta no miolo ainda foi à área ganhar o penálti que deu o empate.
O MOMENTO: a expulsão de Ali Ghazal
O egípcio formou dupla de centrais com Tobias Figueiredo e os dois estiveram quase perfeitos na marcação a Camará e depois a Sturgeon. Nunca quebraram, só que Ghazal foi expulso aos 56’ e a partir daí tudo mudou. Manuel Machado teve que fazer nova adaptação à posição e a consistência insular nunca mais foi a mesma. O Belenenses conseguiu mesmo a reviravolta.
OUTROS DESTAQUES:
Victor Garcia: excelente jogo do lateral. Assistiu para golo, criou lances de perigo sobretudo na primeira parte e chegou mesmo a estar perto do golo aos cinco minutos. Irrepreensível defensivamente, secou Miguel Rosa, mas teve mais trabalho com Gerso. Mesmo assim bem.
Tiago Rodrigues: Bem quando o Nacional estava em posse, sempre eficaz no passe, mas pouco trabalhador no capítulo defensivo. Decisivo no golo com um grande passe, saiu com poucos minutos da segunda parte sem que se percebesse o motivo. Os insulares nunca mais tiveram tanta bola e com tanta qualidade.
Salvador Agra: O mais irrequieto e um dos melhores a par de Victor Garcia e Tobias. Tentou sempre, rematou muito de bola parada, serviu os seus companheiros e deu cabo da cabeça a Hanin no primeiro tempo. Quando a equipa quebrou fisicamente ele manteve os indíces mas sem Tiago Rodrigues não teve quem ajudasse.
Washington: Bom jogo do trinco brasileiro. Forte a recuperar e o primeiro a construir. André Sousa viu-se e desejou-se com ele na primeira parte. Quando o Belenenses mudou para 4-4-2 teve mais trabalho e não foi devidamente ajudado. A ter em conta este médio...
Tobias Figueiredo: Parou o que pôde. Esteve quase instransponível mas os seus colegas não ajudaram. Um fez um penálti e outro um auto-golo. Não há defesa que resista assim, mas este jogo foi mais uma prova de que está aqui um belo central.
Sturgeon: Irrequieto, sempre inconformado foi o que mais criou e o mais perigoso. Na primeira parte apenas ele criou ameça a Rui Silva. No segundo tempo passou a jogar em zona central e esteve a bom nível.´
André Sousa: Bom jogo do médio que logo a abrir a segunda parte esteve perto de marcar de livre direto. Enquanto teve forças foi fundamental, depois «estourou» e Vítor Gomes entrou para o seu lugar.
Gerso: Entrou e voltou a agitar o jogo, tal como tinha feito em Tondela. Começa a tornar-se a arma secreta.
Rosell: Péssimo jogo do espanhol. Por alguma razão saiu ao intervalo. Muito desacerto nos passes, mau posicionamento defensivo e um cartão amarelo por uma entrada muito dura. Com a sua saída, até Palhinha se tornou outro. Assim não, Rosell.
