João Vieira Pinto, diretor da Federação Portuguesa de Futebol, acompanhou a cerimónia de trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional e recordou a boa relação que sempre manteve com o Pantera Negra nos tempos que jogou no Benfica.
 
Uma relação muito fácil, porque «Eusébio era uma pessoa simples». «Felizmente tive o prazer e a honra de o conhecer e de trabalhar com ele durante alguns anos. Foi uma pessoa que, além de me ajudar, me pôs sempre muito à vontade», recorda o antigo internacional.
 
Eusébio acompanhava a equipa nos treinos e, muitas vezes, ficava a fazer remates à baliza, dando algumas dicas aos mais novos. «Sabíamos isso e às vezes nos treinos desafiávamos o Eusébio para acertar na trave ou meter a bola pelo meio das pernas a uma distância grande e fazíamos apostas. Era uma pessoa que, além do talento, era muito afável e que ajudava muito os novos que chegavam ao clube», referiu.
 
Muitos anos de convivência e algumas histórias inesquecíveis. «Lembro-me que era impossível estar na mesma saua do que ele, punha aquilo a uma temperatura de tal forma que era impossível lá estar. Nos dias a seguir ao jogo, quando fazíamos treino de recuperação, lá estava o King na sala e era mesmo impossível entrar lá porque ele punha aquilo a ferver», recordou ainda João Vieira Pinto.