A figura: Jonas

Dos cinco golos apontados pelo Benfica, o brasileiro assumiu a autoria de três e ainda assistiu outro (de Seferovic). Mais uma exibição de gala, portanto, daquele que se isolou agora como o segundo melhor marcador estrangeiro da história do Benfica, com 90 golos, mas que vale muito mais do que as vezes que festeja.

O momento: bastaram 91 segundos

1m31s. Era isto que indicava o marcador quando o Benfica chegou à vantagem. Livre de Pizzi na direita e a defesa do Belenenses a controlar mal a profundidade permitindo que Jonas aparecesse sozinho na área a cabecear para o 1-0. Estava lançada a goleada.

Outros destaques:

Seferovic

Certinho como um relógio suíço, Seferovic voltou a marcar um golo. Soma quatro tentos, portanto, igualando assim o registo das duas épocas anteriores, ao serviço do Eintracht Frankfurt. Teve duas boas ocasiões para voltar a festejar na segunda parte, mas primeiro cabeceou para defesa de Muriel e depois atirou ligeiramente ao lado, mantendo assim o registo coerente de um golo por jogo.

Salvio

Se por vezes peca na definição das jogadas, o golo apontado ao minuto 28 demonstrou inteligência do argentino a perceber onde tinha de colocar a bola, perante a aglomeração de adversários à sua frente. Sempre muito ativo, a tentar explorar as costas de Florent, acabou por sair com queixas no joelho direito, ao minuto 71.

Filipe Augusto

A maior injustiça que se pode cometer com o brasileiro e tentar ver nele Fejsa. Se o sérvio é exímio na reação à perda, na pressão imediata que exerce sobre os adversários e na proteção à linha mais recuada, Filipe Augusto é um jogador que dá maior qualidade à primeira fase de construção de jogo. O passe para o golo de Salvio e, sobretudo, a fantástica abertura para Seferovic, ao minuto 58 (o suíço atirou ao lado), deixam sinais da influência ofensiva que pode ter, sobretudo em jogos de maior domínio.

Diogo Viana

O Belenenses teve pouco caudal ofensivo, mas a mobilidade do camisola 10 ainda causou alguns problemas à defensiva benfiquista, nomeadamente ao minuto 9, quando desarmou Eliseu e obrigou Varela a defesa apertada. Na segunda parte passou a atuar como ala direito, o que lhe limitou a vocação ofensiva, embora nunca tenha deixado de tentar.

Raúl Jiménez

A integração tardia na pré-época e o bom arranque de Seferovic têm fechado as portas da titularidade, mas o mexicano aproveita todos os minutos que tem. Lançado ao minuto 67, Jiménez começou por testar a atenção de Muriel (85m), atirou ao poste (89m) e fez uma assistência para Jonas (90m).

Pizzi

Não sabe jogar mal, e a prova disso é que, mesmo sem fazer uma exibição fenomenal (como é habitual) acaba por fazer duas assistências.