Em dia de greve geral da Função Pública foi Jonas a garantir os serviços mínimos no Estádio da Luz. Um golo do brasileiro garantiu a segunda vitória consecutiva do Benfica, algo que não acontecia há dois meses, mas não teria chocado ninguém se o Feirense tivesse pontuado na Luz pela primeira vez.

Caio ainda travou a primeira tentativa de Jonas, mas à segunda nada pôde fazer. O Benfica adiantou-se no marcador logo aos onze minutos, mas não embalou para uma exibição mais confiante. Revelou ansiedade, uma vez mais, e os problemas habituais em organização ofensiva.

Rui Vitória repetiu a aposta no «onze» apresentada na Vila das Aves, mas a jogar em casa, perante uma maior “obrigação” de pegar no jogo, a dupla Fejsa-Filipe Augusto foi de menos. Não que o problema encarnado resida apenas aí, mas a ausência de um criador (seja ele Pizzi, Krovinovic ou João Carvalho) acentua as dificuldades em controlar o jogo.

Com Babanco, Etebo e Tiago Silva no «miolo», o Feirense conseguiu dividir o jogo em muitos momentos e ameaçar a baliza de Svilar. O belga começou por assustar num lance em que arriscou até ao limite com a bola nos pés, mas depois mereceu aplausos por dois desvios por cima da barra (41 e 53m).

O Benfica, que conseguiu o golo de bola parada (canto), acumulou erros na primeira e segunda fase de construção, mantendo-se assim refém daquilo que Jonas inventava na frente. O brasileiro voltou a estar perto do golo à beira do descanso, e na segunda parte combinou bem com Diogo Gonçalves, mas o jovem ala perdeu o duelo com Caio (66m).

Antes já o guarda-redes do Feirense tinha negado o golo a Salvio (60m), e no saldo das substituições o Benfica acabou por sair beneficiado. Nuno Manta Santos ainda tentou algo mais do jogo, mas as entradas de Pizzi e Krovinovic ajudaram a equipa de Rui Vitória a gerir melhor o encontro, embora sempre de forma intranquila.

O Benfica picou o ponto, mas com serviços mínimos.

Veja o resumo do encontro: