Ainda que na véspera o FC Porto tenha dado um passo largo na luta pelo título, ao vencer o clássico com o Sporting, neste sábado o Benfica mostrou que não perde a crença no «penta». E essa é uma ambição legítima para quem tem Jonas, que assinou mais uma exibição fantástica, apontando três dos cinco golos com que as «águias» derrotaram o Marítimo.

Mas por mais significativa que seja a influência do brasileiro, que (já) chegou aos 30 golos na Liga (e 33 na temporada), é injusto reduzir o momento do Benfica a tal. Seria desvalorizar a qualidade que Zivkovic incutiu, por exemplo, em perfeita sintonia com Grimaldo e Cervi.

Curiosamente, o Marítimo até entrou bem no jogo, a pressionar em zonas adiantadas e a condicionar a construção de jogo do Benfica. Mas depois é nesses momentos em especial que dá jeito ter Jonas. O primeiro remate da equipa da casa foi dele, ao minuto 16, e deu golo, com tempo até para fazer sinal a Jardel para sair da frente.

A capacidade de resistência do Marítimo caiu e o Benfica estabilizou, embalando para uma primeira parte de nível elevado, com quatro golos marcados.

Grimaldo fez o segundo ao minuto 22, após tabela com Zivkovic, e Jonas fez mais dois ainda antes do descanso, o segundo dos quais de penálti (35 e 42m).

Cervi ainda desperdiçou uma ocasião na cara de Charles, mas o Benfica foi para a etapa complementar com o jogo arrumado.

O Marítimo ainda ficou reduzido a dez elementos ao minuto 57, com Gamboa a ver o cartão vermelho direto por entrada feia sobre Zivkovic (depois de Hélder Malheiro ter recorrido ao VAR), e a segunda parte acabou por tornar-se uma mera formalidade, até porque o relvado ficou muito pesado.

Jonas ainda ameaçou o póquer em duas ocasiões, mas o momento alto da segunda parte estava reservado para o minuto 81, com um golaço de Zivkovic, em arco…de pé direito.

Um Benfica de mão cheia, a prometer luta ao líder até ao fim, ainda que a margem de erro seja praticamente nula.