[artigo atualizado às 11h53]

Jorge Jesus assume, em entrevista ao canal brasileiro «Esporte Interativo», que chegou a ser sondado para assumir o comando do FC Porto.

Confrontado com as notícias que deram conta de um alegado interesse do Paris Saint-Germain, no último verão, o técnico leonino associa esses rumores à entrada de Antero Henrique no emblema francês.

«O diretor desportivo do PSG, que é um português, tentou que eu fosse trabalhar para a equipa em que ele estava em Portugal, o FC Porto. Portanto, especulou-se um pouco em cima disso», refere.

Vinculado ao Sporting até 2019, o técnico volta a dizer que não está obcecado com o estrangeiro, a não ser que seja requisitado para um «projeto europeu».

«Não é fácil tirarem-me de Portugal. Para sair daqui, não saio para qualquer equipa. Só para uma onde veja que posso ter o que não tive em Portugal: um projeto europeu. Isto também porque a questão financeira não é uma prioridade para mim», justifica.

A cumpri a terceira época em Alvalade, Jesus diz que o Sporting «está hoje muito mais próximo de ganhar títulos» do que quando chegou. «Há duas formas de não ganhar títulos: aqueles que nem lá cheguem, que nem dão para aquecer, e os outros que não ganham mas disputam até ao fim. O Sporting está próximo de começar a ganhar títulos, pois toda a estrutura que tem sido formada, liderada pelo presidente, tudo tem feito para o Sporting estar ao nível do FC Porto e Benfica», explica.

Relativamente à Liga dos Campeões, Jesus diz que «com um bocadinho de sorte, que também é preciso, se calhar a posição do Sporting estava invertida em relação à Juventus», mas ainda assim continua a acreditar na passagem aos "oitavos".

«É muito difícil bater o Barcelona em Camp Nou, mas a Juventus também tem um jogo na Grécia, e sabemos que vai ter muita dificuldade. Como disse não acredito que a Juventus ganhe na Grécia. O Barcelona já está apurado, e mesmo com a Juventus não colocou o Messi a jogar. E quer queiramos, quer não, o Barcelona com Messi é uma coisa e sem ele é outra. Três dias depois jogam com o Villarreal, e se o Messi não jogar...estamos mais próximos de sonhar com um resultado positivo, que é ganhar», afirma.

Questionado se era possível ver uma equipa portuguesa chegar à final da «Champions», nos próximos anos, Jesus diz que «é muito difícil, por questões financeiras», mas avança com uma possibilidade: «Uma das três principais equipas pode chegar a uma final da Champions se não vender os melhores jogadores durante três anos. Isso é extremamente difícil, mas não vendesse durante três anos podia lá chegar, mesmo com esta diferença de orçamentos.»