Um Sp. Braga de serviços mínimos fez o que lhe competia e venceu o Arouca na pedreira, com golos de Zé Luís e Éder. Mesmo não deslumbrando, os Guerreiros cimentam a quarta posição, aproveitam o deslize do Sporting e reduzem para quatro os pontos de desvantagem para os leões, a mesma distância que os separa do V.Guimarães.

FILME E FICHA DE JOGO
 
Aí vão quatro triunfos consecutivos para o conjunto de Sérgio Conceição. Quarta jornada consecutiva do Arouca sem vencer, que deixa o conjunto de Pedro Emanuel a apenas um ponto da linha de água.

Em relação à última jornada, Sérgio Conceição e Pedro Emanuel operaram uma substituição cada no seu conjunto. Rúben Micael do lado do Sp. Braga, e Ivan Baliu, do Arouca, ficaram fora do encontro devido a castigo. Alan jogou no meio campo dos arsenalistas, enquanto que Dabó, lateral emprestado pelo Sp. Braga, fechou o lado direito da defesa arouquense.
 
Zé Luís trava bocejo da pedreira
 
Sem Rúben Micael, Sérgio Conceição colocou Alan no epicentro do futebol dos bracarenses. O que se perdeu em mobilidade e em capacidade de estar sempre em jogo, ganhou-se em magia com a bola nos pés e critério na hora de fazer o futebol fluir.

Foi através desse critério e da qualidade técnica de Alan que o Sp. Braga descobriu o caminho para o triunfo. Quando se bocejava no Estádio Municipal de Braga depois de uns primeiros minutos de bola francamente maus, o capitão descobriu Zé Luís nas costas da defensiva do Arouca; a qualidade do cabo-verdiano fez o resto.
 
Golo algo inesperado, a dar cor a uma primeira parte pobre em que escassearam motivos de interesse. Os arsenalistas cresceram após o tento de Zé Luís, rondaram com mais regularidade a baliza de Goicoecheia, mas quase sempre de forma desapoiada e sem sequência.
 
Éder confirma triunfo em posição irregular
 
Foi mais audaz o Sp. Braga e acabou por fazer por merecer a vantagem ao intervalo, perante um Arouca que se mostrou muito organizado, mas encolhido em iguais proporções. Com este cenário, mesmo sem deslumbrar, o ritmo imposto pelos arsenalistas era suficiente para ir garantindo a vantagem.
 
A história inverteu-se depois do descanso. O Arouca foi atrás do prejuízo, arriscou forçosamente mais e lá esticou o seu jogo até à baliza de Matheus. Pôs os Guerreiros em sentido, ousou visar com frequência a baliza de Matheus e obrigou, inclusivamente, o guarda-redes a fazer um par de defesas atentas.

A reação do Arouca teve um duro revés ao minuto 61. Tinoco viu a segunda cartolina amarela do encontro e tirou uma unidade à equipa que trajou de amarelo. Mesmo em desvantagem numérica, o Arouca não entregou as armas e reclama mesmo uma grande penalidade cometida por Matheus sobre Roberto, num lance disputado junto ao limite da grande área.
 
Contra a corrente do jogo, até porque o Sp. Braga deu a estocada final por intermédio de Éder que, contudo, estava em posição irregular quando correspondeu da melhor forma ao cruzamento de Rafa.
 
Triunfo que acaba por se justificar por parte da turma minhota, ainda que os segundos 45 minutos tenham deixado muito a desejar. O Arouca acordou tarde demais, apenas depois do intervalo, e viu a sua reação traída pela expulsão de Tinoco. O Braga é cada vez mais quarto, enquanto que o Arouca está suspenso em cima da linha de água.