* Por Tiago Antunes

A FIGURA: Chiquinho

Muita técnica, mas pouca definição. Apesar disso, sempre endiabrado no lado direito do ataque do Estoril. Deu bastantes dores de cabeça a Léo Andrade, que teve de chamar várias vezes Vítor Costa para ajudar a segurar o adversário. Viu-se apertado quando a marcação se aproximava e vacilou em alguns lances, mas esmerou-se no golo, ao tirar da frente um adversário quando o espaço de ação já era curto. É uma promessa do Estoril para ter debaixo de olho.

O MOMENTO: o nó que se desatou pelo menino da Amoreira

Foi dos pés de Bruno Lourenço que partiu o segundo golo do Estoril. Recuperou a bola ainda no meio-campo canarinho, enfrentou a defesa do Marítimo olhos nos olhos e quando os desviou encontrou Chiquinho na direita, que fez parecer fácil ou difícil. Tirou um adversário da frente e fechou o lance com golo. Lance que foi juntamente com a corrente do jogo, já que o Estoril apresentou as maiores oportunidades de perigo na segunda parte.

OUTROS DESTAQUES:

Francisco Geraldes

Bastante ativo durante os processos ofensivos do Estoril, sempre mais descaído do lado direito da forma como atacavam os canarinhos, combinando muito bem com Chiquinho. Soube controlar a posse de bola estorilista, organizou o jogo, temporizou e aí o Estoril criou as melhores oportunidades. Teve alguns apontamentos de classe, com passes de calcanhar e ainda um toque subtil que colocou André Clóvis de frente para a baliza, sem golo nessa altura.

Miguel Crespo

Fez um bom jogo, sobretudo, posicional. Possibilitou a Francisco Geraldes sair várias vezes da posição, procurou ajudar Bruno Lourenço no lado esquerdo, esteve em grande parte dos lances cortados a meio-campo. Encheu o centro da equipa de Bruno Pinheiro

Claúdio Winck

Autor do golo do Marítimo, numa boa jogada de passe curto pelo lado direito do ataque insular, com um remate rasteiro de pé esquerdo que se revelou indefensável para Dani Figueira. Dividiu a bola com Joãozinho no ar e explorou um espaço no meio-campo do adversário que ninguém esperava. Esteve quase sempre subido na ala direita maritimista porque o Estoril atacou na maioria das vezes pelo lado oposto. Jorge Sáenz também deu confiança atrás e soltou o brasileiro, que acabou por fazer um jogo satisfatório.

André Vidigal

À falta de melhor no Marítimo individualmente, Vidigal é o destaque da dupla ofensiva dos insulares. Arriscou muito nos duelos já com um cartão amarelo por cima, mas foi um dos mais móveis da equipa, foi atrás procurar linhas de passe, de forma a desbloquear o jogo do Marítimo, e acabou por consegui-lo. Marcou ainda dois golos anulados.