José Eduardo Simões, presidente da Académica, fez questão de marcar presença na conferência de imprensa que se seguiu à derrota frente ao Sporting (1-3) para falar sobre temas da atualidade do clube.

O dirigente lançou um apelo a várias entidades para que investiguem o alegado pagamento «por fora» de salários a jogadores. José Eduardo Simões diz que essa prática acontece em vários clubes, que não a Académica, e deixou pistas para um emblema em concreto: o Gil Vicente, que está na II Liga.

«Em resposta ao presidente do Gil Vicente, friso que a Académica não deve nada ao Fisco e está a cumprir esse acordo escrupulosamente. A Académica não paga por fora, tem tudo em ordem, e paga quantias elevadas ao Fisco. Mais elevadas do que alguns clubes com quem não conseguimos competir para contratar jogadores porque pagam salários altíssimos», começou por dizer.

José Eduardo Simões aponta para irregularidades: «Apelo ao Ministério Público, à Polícia Judiciária, à Autoridade Tributária e à Segurança Social para que atuem. Vão a todos os clubes e vejam o que se paga em termos salariais e o que é comunicado oficialmente. Há salários que são parcial ou em grande parte pagos por fora. Estou a dizer isso com consciência e só assim o futebol português pode levar um abanão para bem de todos.»

Durante a declaração aos jornalistas, o presidente da Académica falou ainda sobre uma dívida dos estudantes aos bombeiros. «Há de facto uma dívida da Académica para com os bombeiros, que a Académica procurou negociar. Vamos pagar mas também gostaríamos de dizer o seguinte: se todas as entidades pagassem a tempo e horas, tudo seria perfeito. Se entidades deste município pagassem o que devem à Académica, háa anos e anos, seria mais fácil à Académica pagar as nossas dívidas. Mas vamos cumprir com os nossos compromissos», concluiu.