O MOMENTO

73 minutos, golo de Suk: O relógio não ajudava os dragões. Aos 73 minutos, a perder por 2-1, com os caminhos da baliza a parecerem inexistentes, fruto de uma defesa coesa e do complicómetro dos avançados portistas, Suk fez o golo que relançou os dragões a caminho da vitória. Excelente na movimentação, fugiu a Danielson no momento certo e apareceu ao primeiro poste para cabecear uma bola vinda de um cando batido por Layun. 

A baliza parece ter-se aberto depois deste golo e Evandro, logo a seguir, fez o golo que valeu os três pontos.

A FIGURA

Layun: O mais inconformado dos jogadores do FC Porto naquela que foi uma primeira parte de terror para os Dragões, fez o golo que deu esperança aos azuis e brancos aos 41 minutos, de grande penalidade. Continuou, na segunda parte, a trazer garra e personalidade ao jogo e acaba por estar nos outros dois golos portistas. Bateu o canto que Suk cabeceou para o empate e dos seus pés nasceu o lance que deu o 3-0, de Evandro. Continua a ser uma máquina de assistências, mas hoje foi bem mais do que isso.

Negativo

Chidozie: Uma exibição muito longe do que mostrou no clássico com o Benfica. Erros de posicionamento que permitiram as movimentações dos adversários e momentos de passividade que foram cruciais para os golos do Moreirense. Maxi e Casillas também ajudaram, mas Chidozie com muitas culpas nos tentos adversários.

OUTROS DESTAQUES

Suk: Numa tarde em que o jogo se assemelhou, por vezes, a pinball, com a bola a bater em todo o lado, em vezes de se encaminhar para a baliza, o sul-coreano nunca desistiu e acabou por ser recompensado. Excelente movimentação na área, a fugir a Danielson no momento do canto, e a conseguir fazer o empate. Podia ter marcado antes, não fosse Stafanovic ter-se aplicado para lhe negar o golo.

Evandro: Entrou ao intervalo para o lugar de Corona, e, além do mais, trouxe cabeça fria num momento em que os jogadores portistas pareciam desnorteados. Boas movimentações, passes para a área que não foram aproveitados, e o golo que valeu os três pontos. Uma aposta ganha de José Peseiro.

Danilo: No meio do caos em que se tornou a equipa do FC Porto na primeira parte, acabou por se destacar pela positiva. Com Herrera muito apagado nos primeiros 45 minutos, e André André com uma nítida falta de confiança, foi o que menos falhou no meio campo portista.

Iuri Medeiros: Fez o golo que abriu o marcador e um passe assassino que Fábio Espinho aproveitou para fazer o segundo do Moreirense. Mesmo que não tivesse feito mais nada, já merecia o destaque, mas dos pés do jovem extremo emprestado pelo Sporting aos Cónegos saíram mais cruzamentos milimétricos para a área, como já é, aliás, seu apanágio.

Stafanovic: Enorme na primeira parte, a negar dois golos que pareciam certos, a Suk e Maxi. E na segunda a oferecer o corpo à bola a um remate de Brahimi. Destemido nas saídas, mas, acima de tudo, inteligente no momento de as fazer, e bem entre os postes. Acaba por não ter responsabilidade em nenhum dos golos sofridos.

Fábio Espinho: Aproveitou muito bem o excelente passe de Iuri Medeiros e a passividade de Chidozie e de Casillas para fazer o 2-0 para o Moreirense.