Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, depois da derrota diante do Ludogorets (0-2), que faz a equipa búlgara assumir a liderança do Grupo C:

«Diria que o golo sofrido pôs o adversário ainda mais confortável no jogo. Veio à procura de pontuar e a verdade é que a partir do momento em que sofremos, o jogo ficou mais favorável ao adversário. Fomos sempre acreditando, apenas nos faltou um golinho, mesmo quando estava 0-2, para lutar pelo resultado até ao fim. Infelizmente hoje não conseguimos dar sequência ao nosso caudal ofensivo. Fomos sempre acreditando. Faltou um golinho para entrarmos no jogo. Foi um jogo muito feliz para o adversário e muito infeliz para nós».

«Esperávamos uma equipa cerrada, que jogou sem um avançado. Os lances dos golos que sofremos são muito específicos. A partir do momento em que fizeram golo ficaram extremamente confortáveis. Têm mérito, tem qualidade, souberam quebrar o ritmo, a minha perceção é que faltou apenas um golinho. Infelizmente o futebol é isto. Por vezes o futebol não é o mais justo por o que as duas equipas produziram».

[Falta de eficácia. Mérito do Ludogorets a bloquear elementos fundamentais como o João Teixeira? «Sabem como ficou esta equipa o ano passado contra o PSG lá em casa deles? Empatou 2-2, o Cavani marcou no último segundo. É uma equipa que gere muito bem os momentos do jogo. Hoje fomos infelizes, faltou um golinho, é a sensação com que fico».

[O que é que o Braga terá de fazer diferente na Bulgária?] «A vossa análise começa do fim para o princípio, no resultado. O treinador não pode pensar assim. Lá só quero as mesmas oportunidades que tive aqui. É isso que quero, temos de fazer a análise em específico, como sofrermos os golos, como e porquê. Está tudo em aberto, os objetivos são os mesmos, queremos lutar pelos dez pontos sabendo o quão competitivo é este grupo».

[O que se passou para ser expulso?] «Não sei se têm imagens da forma como gesticulei. Já vinha com antecedentes, no lance do golo anulado o fiscal e linha está dez metros atrasado, o que é impensável a este nível. Há um remate do Fransérgio em que a bola bate na mão de um jogador do nosso adversário e, da forma como sinto o jogo, saltei e quando caí bati com o punho na relva e o quarto árbitro mandou chamar o árbitro principal para me expulsar. Foi simplesmente isso».