O Sp. Braga deu o melhor seguimento ao triunfo na Alemanha, no terreno do Hoffenheim, vencendo em casa Istambul Basaksehir em jogo da 2ª jornada do Grupo C da Liga Europa. Um golo aos 89 minutos de Fransérgio, que saltou do banco, deu mais uma vitória com caráter heróico à aventura europeia dos Guerreiros.

Em momentos distintos da época, com o Sp. Braga a vir de três triunfos consecutivos em contraste com o Istambul Basaksehir, que vinha precisamente de três jogos sem ganhar, as duas equipas foram cautelosas e pouco ousadas. A maior coragem bracarense foi premiada já perto do final, uma vez que foi a equipa de Abel que mais se mostrou inconformada com o empate.

No regresso de Mossoró à Pedreira, um regresso nostálgico, a vestir as cores do Istambul Basaksehir, o triunfo arsenalista deixa o Sp. Braga agarrado à liderança do grupo e prolonga a série vitoriosa da equipa de Abel Ferreira.

Dois minutos a destoar

Com cautelas acrescidas e sem grande margem de risco, o jogo começou disputado, com duelos intensos pela posse de bola, mas depois sem grande critério de parte a parte. Combinações interessantes, alguns momentos de arrojo, mas quase sempre sem progressão esbarrando na falta audácia.

Um golo para cada lado num curto espaço, dois minutos destoaram, deste cenário. Hassan abriu o ativo com uma receção orientada primorosa que o deixou isolado depois de um bom trabalho de João Carlos Teixeira a abrir caminho no meio campo. O egípcio não teve problemas em bater o desprotegido Volkan, adiantando os arsenalistas no marcador.

O abanar das redes podia alterar o rumo do jogo, desbloquear o encaixe no miolo, mas bastaram apenas dois minutos para o Istambul Basaksehir igualar o resultado. Mossoró já ia por lá fora, Raúl Silva teve de o travar em falta. Em zona frontal, o capitão Emre tirou as medidas à baliza e apontou um excelente golo. A bola ainda beijou o travessão antes de consumado o empate.

Tudo de volta à fase inicial, mas cautelas e redobrada atenção na hora de correr riscos a ornar o jogo monótono em largos períodos de tempo. Pelo meio, logo aos vinte minutos, Abel Ferreira teve de mexer na equipa do Sp. Braga para fazer face à lesão de Sequeira, passando Goiano para a esquerda e recuando Esgaio no terreno. Ainda assim, sinal mais para a equipa lusa que fez mais para fugir às amarras do jogo.

Ímpeto final dá resultado

Manuel da Costa foi amarelado na primeira metade, o esloveno Matej Jug teve de o avisar e Abdullah Avci não quis comprometer, deixando o jogador português no balneário no período de descanso. Mais um sinal da cautela dos turcos neste encontro, que fez o figurino da segunda metade não sofrer alterações significativas.

Mais do mesmo, portanto, o jogo manteve-se equilibrado, parada e resposta a tentar chegar a zonas mais adiantadas do terreno, mas sem ousadia. Sobraram más decisões no último passe, começou a sobrar ansiedade de parte a parte a dificultar ainda mais a tarefa. Uma ansiedade que se fez acompanhar de alguma fadiga.

O jogo parecia destinado a um pacto de não-agressão na fase final, mas o Sp. Braga não se contentou com o empate e foi para cima do adversário. Conquistou diversos cantos, o critério nem sempre foi o melhor, mas acabou por dar frutos.

Fransérgio, entretanto saído do banco de suplentes, correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Raúl Silva e ainda foi a tempo de carimbar os três pontos e deixar o Sp. Braga agarrado à liderança do Grupo C. A equipa de Abel soma seis pontos em dois jogos e deu um passo significativo nas contas do apuramento.