FIGURA: Lukoki
Abel tinha referenciado o avançado congolês como um elemento a ter em conta, Lukoki mostrou na Pedreira que é, de facto, a referência ofensiva dos búlgaros. A forma como o Ludogorets se organiza para o servir, aliada à sua velocidade, fazem do hexacampeão búlago um conjunto muito perigoso. Basta uma nesga para ele galgar em direção à baliza adversária, mantendo o adversário do Sp. Braga sempre em condições de criar perigo, mesmo em momento de maior pressão, graças às características do seu avançado. O lance do segundo golo foi exemplo disso mesmo. Uma desatenção foi fatal.

MOMENTO: autogolo de Raúl Silva (56 minutos)
Confirmou o triunfo do Ludogorets, numa altura em que o Sp. Braga ameaçava partir para uma reposta mais convincente à desvantagem. Erro de Goiano a atrasar mal para Matheus, Lukoki aparece a driblar o guarda-redes, mas atira depois ao ferro. Raúl Silva perante a ameaça tentou limpar o lance, mas acabou por marcar na própria baliza.

POSITIVO: vítimas dos incêndios lembradas
Tal como nos restantes jogos em que estiveram em campo equipas portuguesas, também em Braga o encontro foi precedido de um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios do último fim-de-semana. Um momento particularmente sentido na cidade dos arcebispos, que também viveu o flagelo. No final da primeira parte as claques entoaram o Hino de Portugal exibindo a seguinte frase: «O que sobra nos estádios em repressão falta no país em prevenção. Prioridade ao essencial. Acorda Portugal».

OUTROS DESTAQUES

Fábio Martins
Lançado de imediato depois do segundo golo da equipa búlgara, Fábio Martins trouxe irreverência ao Sp. Braga e mexeu com o jogo da equipa portuguesa. O melhor período bracarense seguiu-se à entrada do extremo, também por causa da obrigatoriedade de correr contra a desvantagem, mas Fábio Martins tem a sua dose de preponderância.

Renan
O Sp. Braga não esteve tão exuberante como noutros jogos, o guarda-redes do Ludogorets não teve uma noite de trabalho intenso, mas imprimiu intensidade suficiente ao jogo para não facilitar e abordar com arcaboiço todos os lances. Sendo a sair a soco, ou a defender de forma segura, não deu veleidades.

Vukcevic
Acabou com a braçadeira de capitão e foi um dos menos maus da equipa do Sp. Braga. Muito regular, o médio montenegrino foi um pêndulo, tentou equilibrar a equipa e não permitir que o conjunto de Abel ruísse.

Wanderson
O brasileiro é o epicentro da manobra da equipa de Dimitar Dimitrov. Ajuda a bloquear os espaços no auxílio à defesa e é um elemento preponderante a traçar os lances de ataque do Ludogorets. Faz o cruzamento para o golo e logo a seguir quase bate Matheus. Bom de bola o brasileiro de 29 anos.