Oportunidade desperdiçada.

O FC Porto não soube tirar proveito da derrota do Benfica em Vila do Conde com o Rio Ave e em vez de ficar a um ponto dos encarnados ficou com três de desvantagem para a equipa de Jorge Jesus.

O empate na Madeira em muito se deveu à falta de qualidade no jogo dos dragões, mas em muito contribuiu a fantástica exibição do Nacional que fez por merecer o resultado.

Antes do jogo já havia festejos nas bancadas, junto da claque do FC Porto. O Benfica tinha acabado de perder, o que reforçava a importância do jogo do jogo do FC Porto que, em caso de vitória, reduzia de quatro para apenas um ponto a diferença para os encarnados na liderança.

Em campo, e com o Bayern de Munique a espiar nas bancadas, o Nacional começou bem, a ganhar muitas bolas no meio-campo com grande facilidade, tentando lançar rápidos contra-ataques. E até nem se notavam as ausências dos titularíssimos Tiago Rodrigues, Marco Matias e Marçal.

O FC Porto tinha grandes dificuldades em chegar com perigo ao último terço do terreno muito por culpa do meio-campo pressionante dos madeirenses.

Só aos 37 minutos, os dragões conseguiram rematar à baliza por Alex Sandro, mas a tentativa foi bem defendida por Gottardi.

E sem fazer por isso, numa altura em que o Nacional estava com menos um jogador em campo (Willyan ia ser rendido por lesão mas a substituição ainda não tinha sido feita), o FC Porto marcou. Grande jogada individual de Tello, a tirar Sequeira do caminho e fora de área e a rematar em arco, fazendo um fantástico golo.

No regresso aos balneários, Manuel Machado protestava de forma veemente com Manuel Oliveira, questionado a razão pela qual a equipa de arbitragem não tinha permitido a entrada de Camacho em campo, sendo que o golo dos dragões acabou por acontecer quando os madeirenses estavam com dez jogadores…

Na segunda parte, logo aos 47 minutos, Maicon atirou à barra num livre direto e o Nacional teve a primeira oportunidade aos 55, também num livre direto marcado por Christian, mas que contou com a inspiração de Helton do outro lado.

E aos 62, o Nacional chegou ao 1-1. Grande cruzamento de Sequeira da esquerda e Wagner, que tinha acabado de entrar, apareceu oportuno na área para empurrar para o fundo das redes de Helton

A resposta não tardou e aos 65, Danilo mandou a bola ao poste num forte remate descaído para a direita e um minuto depois foi a vez de Gottardi brilhar defendendo um remate dentro de área de Aboubakar.

Aos 71, enormíssima oportunidade para o Nacional. Gomaa cruzou da esquerda e Lucas João apareceu sozinho dentro de área e com a baliza toda à disposição, o avançado português atirou por cima de forma escandalosa.

No final, o Nacional fez por merecer o ponto ganho ao FC Porto que bem se pode queixar de si próprio por não ter ficado a apenas um ponto da liderança.